terça-feira, novembro 22, 2005

Guilherme I de Inglaterra

Apenas por diversão e brincadeira decidi postar esta biografia...

Guilherme I (Falaise, Normandia, cerca de 1027 - perto de Ruão, França, 9 de Setembro de 1087), cognominado o Conquistador, foi Duque da Normandia (1035-1087) e Rei de Inglaterra (1066-1087), após o sucesso da Conquista Normanda. Guilherme era filho ilegítimo de Roberto I, Duque da Normandia e de Herleva, filha de um senhor local.

Guilherme sucedeu ao pai como Guilherme II da Normandia em 1035, com apenas sete anos. O ducado foi entregue a um grupo de regentes e Guilherme foi viver para a corte de França, onde foi feito cavaleiro por Henrique I de França aos quinze anos. Pouco depois assumiu a governação da Normandia e teve de lidar com revoltas e tentativas de usurpação. Foi com a ajuda de Henrique de França que Guilherme assegurou definitivamente o seu ducado após a batalha de Val-ès-Dunes em 1047.

Em cerca de 1050, Guilherme casou com Matilde da Flandres, filha do Conde Balduíno V.

Conquista de Inglaterra
A 5 de Janeiro de 1066 o rei Eduardo o Confessor de Inglaterra morre sem descendência ou parentes próximos. Eduardo vivera no exílio na corte normanda durante os primeiros vinte e cinco anos da sua vida e era bastante próximo do primo Guilherme. Baseado numa alegada promessa feita por Eduardo e no parentesco com Ema da Normandia, Guilherme auto-proclamou-se rei de Inglaterra e sucessor de Eduardo. Os ingleses tinham, no entanto, outra opinião e elegeram como monarca Haroldo Godwinson, na altura Conde de Wessex e de East Anglia. Apesar desta decisão, Guilherme resolve lutar pelos seus direitos e reúne um exército de cerca de 7000 homens que despacha para Inglaterra numa frota de 600 navios. O desembarque aconteceu a 28 de Setembro na área de Pevensey (Sussex). O exército normando estabeleceu um acampamento fortificado perto de Hastings e esperou por uma resposta.

Entretanto, Haroldo II de Inglaterra encontrava-se no Norte do país, onde acabara de derrotar um exército invasor comandado por Haroldo III da Noruega e pelo seu próprio irmão Tostig Godwinson, que morreram na batalha. Ao saber das notícias da invasão normanda, Haroldo dirige-se para Sul em marcha forçada e consegue cobrir cerca de 400 km em apenas duas semanas. Os dois exércitos encontraram-se a 14 de Outubro de 1066, na batalha de Hastings, onde o resultado foi uma vitória significativa dos normandos. Guilherme deveu pelo menos parte do seu sucesso ao cansaço dos soldados ingleses e à morte de Haroldo II em batalha, que provocou a desordem e quebra de moral nas suas tropas. A batalha de Hastings encontra-se representada na tapeçaria de Bayeux. Os nobres anglo-saxões procuraram nomearam então Edgar Atheling como rei de Inglaterra, mas o rapaz de 12 anos não era opositor à altura de Guilherme da Normandia e acabou por desistir das suas pretensões. Guilherme foi coroado rei de Inglaterra no dia de Natal de 1066 na Abadia de Westminster.

Reinado de Guilherme
A aceitação do normando como rei não foi universal e ocorreram diversas revoltas, principalmente em Gales e no Norte de Inglaterra. Entre 1066 e 1072, o reinado de Guilherme foi dedicado sobretudo à pacificação do seu novo reino, que sofreu ainda diversas tentativas de invasão por parte dos Vikings noruegueses e dinamarqueses. Edgar Atheling foi um dos responsáveis pela desordem em Inglaterra ao fugir do seu exílio na Normandia para fomentar a revolta na zona de York. Recapturado em 1074, Guilherme I perdoou-lhe a traição e enviou-o de novo para a Normandia.
Como rei, Guilherme fez importantes reformas administrativas na área do direito civil e da economia. Mandou fortificar muitas cidades e construir a Torre de Londres. No plano social, Guilherme ordenou a compilação de um livro sobre as capacidades produtivas do país, que incluía uma forma simplificada de censo populacional.

Guilherme morreu com 60 anos perto de Ruão em França, em resultado de ferimentos sofridos numa queda de cavalo durante um confronto militar.

Exposição rastreia centenas de anos de bebedeira em Londres

A cultura de se embebedar na Grã-Bretanha já existia há centenas de anos, segundo uma exposição que vai reabrir a galeria medieval do Museu de Londres, no próximo dia 25 de novembro, na capital britânica.
Especialistas encontraram provas de que no século 12 os londrinos bebiam cerveja aos litros, começando no café da manhã, por causa da má qualidade da água na cidade.
A exposição no Museu de Londres inclui uma seleção de canecas e jarras que mostram homens com barrigas de cerveja.
Os vários bares e estabelecimentos de Londres eram usados "para "bebedeiras desmesuradas de tolos", segundo um escritor da época.
Há 700 anos, Londres tinha 1.300 bares de cerveja, um para cada 50 moradores da cidade.
John Clark, o curador da galeria Londres Medieval, disse que "a maioria das pessoas, inclusive as crianças, bebiam a tradicional cerveja da época, feita sem lúpulo".
"Ao preço de um centavo de libra por galão (de 4,5 litros), apenas os mais pobres tinham que beber água."
Tom Knox, cervejeiro chefe da cervejaria Nethergate, que produz a cerveja tradicional ale - a versão moderna das cervejas medievais - disse que a "ale era a bebida favorita quando a água e o leite eram normalmente contaminados, e o chá e o café eram desconhecidos na Inglaterra".
"A fervura da cerveja durante o processo e a produção do álcool durante a fermentação destruíam a maior parte das bactérias", explica ele.
Durante o século 15, a cerveja feita com lúpulos se popularizou em Londres, substituindo a cerveja tradicional.
Segundo um observador de 1542, o hábito de beber cerveja "é em detrimento" de muitos dos ingleses já que "faz o homem engordar e faz a barriga inflar".
Segundo especialistas, o vinho importado era popular entre as classes mais abastadas da época, que podiam pagar pela bebida.
As canecas e jarras da época, inclusive as cerâmicas de uso diário e taças de vinho ricamente trabalhadas, vão ser exibidas na galeria medieval.

Cientistas celebram centenário de equação de Einstein

Os físicos estão celebrando o centenário da mais conhecida equação de Albert Einstein, E = mc².
Publicado no quarto de uma série de estudos que revolucionaram os fundamentos da física em 1905, E = mc² é hoje relacionada ao poder da bomba atômica.
Nenhuma equação é tão conhecida quanto à E=mc².
Em 1905, a equação foi a prova final da genialidade e imaginação de um jovem cientista alemão que ainda não tinha um posto em uma universidade.
Ela parece bastante simples: três letras representando energia, massa e a velocidade da luz (c).

Compreensão difícil
Porém, o que ela envolve é ainda difícil para os cientistas compreenderem.
Einstein mostrou em seus escritos que à medida que você acelera um objeto, ele não apenas fica mais veloz, mas também torna-se mais pesado.
Isso, por sua vez, faz movimentos adicionais menos frutíferos de forma que, no final, nada pode ser acelerado além da velocidade da luz.
A equação resultou da teoria da relatividade que o físico alemão tinha iniciado naquele mesmo ano.
Einstein logo reconheceu por meio da equação que a energia liberada na forma de radioatividade –um fenômeno dificilmente compreendido naquela época- poderia levar a mudanças mensuráveis em massa.
Aquela idéia foi mais à frente traduzida na física da bomba atômica.

Cientistas querem 'levantar' Veneza

Especialistas da Universidade de Pádua, na Itália, apresentaram uma solução dramática para salvar Veneza da ameaça de ser invadida pelas águas.
Em vez de lutar para manter o mar fora da cidade, os cientistas querem usá-lo para ajudar a elevar a cidade que está afundando.
O esquema envolve bombear grandes quantidades de água do mar para dentro do terreno embaixo de Veneza, usando 12 canos, cada um com 700 metros de comprimento.
Segundo os especialistas, a água do mar faria expandir a areia embaixo da cidade, levantando Veneza em 30 cm, em dez anos.

'Ficção científica'
A cidade do norte da Itália está afundando lentamente, o nível do Mar Adriático está subindo e a maré alta está cada vez mais alta.
O governo italiano está gastando 4,5 bilhões de euros (R$ 10,4 bilhões) em um projeto controverso que envolve construir comportas na entrada da lagoa onde fica a cidade para tentar conter o avanço do mar.
O plano dessa equipe de engenheiros e geólogos da respeitada Universidade de Pádua custaria apenas uma fração disso, 100 milhões de euros (R$ 260 milhões).
O projeto prevê que, por meio desse método, Veneza poderá ser levantada para o mesmo nível que estava há três séculos.
A equipe diz que a proposta não é uma alternativa às comportas, e poderia funcionar em sincronia com elas.
Mas há dúvidas sobre o projeto. Especialistas que ajudaram a estabilizar a Torre de Pisa, por exemplo, descrevem a proposta como "pura ficção científica" e alertam para a possibilidade de danos à cidade.
O prefeito de Veneza, Massimo Cacciari, disse estar interessado. Ele diz que é hora de ver como levantar a cidade e está convencido de que a tecnologia para isso já existe.