quarta-feira, dezembro 15, 2004

A Busca de Camelot

Antes de chegarmos à Camelot, vamos falar de Tintagel, onde tudo, ou quase tudo começou...Geoffrey de Monmouth identificou como local de nascimento de Arthur o castelo de Tintagel, na costa escarpada da Cornualha, no sudoeste da Inglaterra. Os céticos acusam: esse castelo foi construído no século XII, muito após o nascimento de Arthur.
Mas as escavações arqueológicas feitas nos cabos íngremes nas cercanias das ruínas do castelo revelaram resquícios de construções de pedra, talvez pertencentes a uma fortaleza de alguma poderosa família Celta. Fragmentos de cerâmica mediterrânea dos séculos V e VI encontrados nessas escavações datariam da época de Arthur, contribuindo assim para endossar a lógica de Geoffrey ao focalizar ali o nascimento de Arthur.
Duas formações rochosas perto do castelo de Tintagel receberam do povo da Cornualha os nomes de Trono de Arthur e Xícaras e Pires de Arthur.
A busca de Camelot, casa e quartel-general de Arthur e sua fraternidade, centralizou-se em Cadbury Hill, um forte da Idade do Ferro sobre um platô de 150 metros de altitude, perto da vila de Somerset (uns 18 quilômetros de distância de onde se localiza o Templo das Estrelas), em South Cadbury.
A colina nunca sediou um castelo nos moldes da Idade Média, porém suas antigas fundações revelam a existência de uma formidável cidadela diversas vezes usada como fortaleza ao longo dos séculos.
Em suas cercanias corre um pequeno rio, em cujas margens Arthur teria travado sua última batalha. Segundo uma teoria alternativa, a batalha de Camlan teria sido travada perto de Camelford, na Cornualha.

A associação de Cadbury Hill a Camelot remonta a John Leland, um antiquário do século XVI que passou grande parte da vida pesquisando histórias arturianas. Em 1542, após uma viagem a South Cadbury, Leland escreveu: “Bem na extremidade sul da igreja de South-Cadbyri (Cadbury) ergueu-se Camalat (Camelot), que um dia foi um castelo ou uma cidade de renome. (...) O povo nada sabe disso, mas ouviu falar que Arthur freqüentava muito Camalat (Camelot).”
Séculos mais tarde, os aldeões de South Cadbury deram ao topo da colina o nome de Palácio de Arthur.
No final da década de 1960, os arqueólogos levaram quatro anos fazendo minuciosas escavações em determinadas áreas de Cadbury Hill, em busca de provas que vinculassem aquele ermo local ao grande rei Arthur, em um projeto que denominaram “A busca de Camelot”.
Descobriram que as quatro grandes cristas feitas pelo homem no alto da colina haviam sido reconstruídas diversas vezes, durante um período de 5 mil anos (exatamente o mesmo tempo em que foram feitas as figuras zodiacais, chamado Templo das Estrelas de Glastonbury).
No século I a fortaleza fora assaltada e capturada pelos romanos, sendo abandonada em seguida. Centenas de anos depois, no tempo de Arthur, os novos habitantes erigiram diversas construções na parte mais elevada da colina (O Palácio de Arthur), incluindo um portal em estilo romano e um grande átrio de madeira.
Mas a estrutura mais sofisticada e surpreendente era um muro construído com madeira e pedra, medindo cerca de 5 metros de espessura e pouco mais de 1.200 metros de extensão. Tanto o projeto como a construção do muro seguiam padrões celtas, e não romanos, sugerindo que fora encomendado por um admirador da arte celta tradicional.
E como não se descobriu na Bretanha qualquer outra estrutura do mesmo porte e tipo, os arqueólogos acreditam que deve ter sido feita por ordem de um governante que dispunha de imensos recursos em trabalhadores e dinheiro.
Naturalmente, essa descrição condiz com a figura do rei Arthur.
“A conclusão inevitável é que [Cadbury Hill] foi a fortaleza de um grande líder militar, um homem em posição única, com enormes responsabilidades e uma mentalidade especial.” – escreveram Leslie Alcock e Geoffrey Ashe, dois arqueólogos e historiadores envolvidos nas escavações da “Busca de Camelot”.
O que foi encontrado nas escavações, não poderiam chamar o proprietário pelo nome de Arthur, porém Alcock e Ashe afirmaram que a questão do nome “não passava de um detalhe”. O homem que governava Cadbury Hill (ou seja, Camelot ou Camalat) nessa espetacular refortificação do século VI, observaram, poderia, mais do que qualquer outro personagem daquela época, ser identificado com Arthur, “uma pessoa com grandeza suficiente”.
Menos de 18 quilômetros de distante de Cadbury Hill situa-se Glastonbury, um lugar sagrado impregnado de magia, que remonta à era pagã. Ali foi o antigo sítio da etérea ilha de Avalon, para a qual Arthur fora levado para que seus ferimentos fossem curados pela fada Morgada. Há muitos séculos ali encerrava-se em uma ilha, cercada por pântanos que depois foram drenados. Seu antigo nome celta Ynis Witrin, ou Ilha de Vidro.
Sem dúvida o rei Arthur, sua távola redonda, seus leais cavaleiros, também sua Avalon, suas sacerdotisas, fadas como queiram, enfim seu reino nos deixaram muitas coisas boas que preenchem nossa alma de alguma forma. Curioso, como tempos remotos nos atingem até os dias de hoje e continuarão atingindo com suas, nossas origens.
Um dia eu estava pesquisando sobre um determinado assunto, e me deparei com um site de escoteiros mirins, e fiquei emocionada da forma com que eles retratam a távola redonda de Arthur. Todos os dias eles se reúnem em volta de sua própria távola para discutirem sobre assuntos ligados ao escotismo, suas próximas missões, enfim uma solidariedade contagiante.
Onde todos são diferentes uns dos outros, ali na távola redonda eram todos iguais e com um mesmo objetivo. Fiquei tão emocionado, que enviei uma mensagem elogiando o belo trabalho. Acho que essas são as verdadeiras provas de que algum dia em tempos antigos, Arthur viveu, e continua vivendo em nossos corações.

Távola Redonda do rei Arthur

No grande Átrio do Castelo Real de Winchester (antiga Inglaterra), está suspensa na parede a távola redonda do rei Arthur, com seis metros de diâmetro e o peso de uma tonelada. A távola redonda contém os nomes dos cavaleiros do rei. A peça central da corte de Artur fora a Távola Redonda que simbolizava a expansão do poder e da glória por todo o Mundo. Em termos reais era muito mais do que isso.
Tratava-se de uma força em prol da harmonia e da fraternidade. Era um antídoto contra a inveja, a ambição, a ânsia da supremacia e do poder – defeitos humanos que caracterizavam a mentalidade na Idade Média.
Alguns pesquisadores asseguram que a távola redonda fora um presente para o rei Arthur, construída por um carpinteiro da Cornualha e sua forma redonda teria um fim: evitar disputas pelos leais cavaleiros do rei.
Outro relato mais conhecido assegura que foi José de Arimatéia o primeiro guardião do Santo Graal que construiu a távola do Graal para comemorar a última ceia, com um assento sempre vago para representar o então traidor Judas Iscariote.
No entanto existem outros relatos que dizem: que o assento vago na távola redonda do rei Arthur pertencia a Jesus Cristo e só um cavaleiro capaz de recuperar o Santo Graal, teria o direito de ocupar este lugar vago.
Segundo alguns escritores a távola redonda foi construída por um carpinteiro, este era o pai de Guinevere. A távola foi presente do carpinteiro a Arthur em forma de dote quando este se casou com Guinevere, e foi Merlin quem escolheu os cavaleiros para que se sentassem a ela, e então, predisse a busca do Santo Graal.
A Távola Redonda também, segundo alguns pesquisadores representa o símbolo cósmico do todo, com o Graal em seu centro místico e os doze leais cavaleiros representando os signos do zodíaco.
Em 1976, a távola redonda foi alvo de uma extensiva investigação científica, até então a távola teria sido datada pelo carbono 14 como existente desde 1463 e provavelmente pintada pelo rei Henrique VIII em 1522.
Agora, com a tecnologia mais avançada, o método do radiocarbono (carbono 14), e o estudo da carpintaria prática mais especializada foi revelado que a távola redonda foi construída em 1270, no início do reinado do rei Edward.
Sabe-se que o rei Edward tinha grande interesse pelas histórias arturianas e teria ido a Glastonbury junto com sua consorte Lady Eleanor para celebrarem a Páscoa e ir também na abadia, onde ordenou que abrissem o túmulo de Arthur.
A Távola Redonda sabe-se, que provavelmente fora usada em muitos torneios que o rei Edward gostava de realizar.
As lendas arturianas adaptavam-se bem aos ideais das cruzadas e da cavalaria que despontaram nos séc. XI, XII e XIII. Os cavaleiros de Artur serviam de modelo a todos os guerreiros como cruzados triunfantes em busca do Santo Graal, o cálice utilizado por Jesus Cristo na última ceia.
Mas a crença de que o rei não morreu e regressará com os seus cavaleiros, a fim de retomar a luta contra os males do mundo continua viva...

terça-feira, novembro 23, 2004

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Jingle Bell prá vocês

Mário Prata

"Não gosto do Natal. Não chego a odiar mas não gosto. Nunca gostei. Desde pequeno, no interior. Papai Noel sempre me assustou. Gostava de preparar a árvore com dias de antecedência, apesar de não concordar em colocar algodão para "simbolizar" a neve. Gostava de imaginar os presentes. Aliás, não gosto nem de dar e nem de receber presentes em datas certas. O presente é bom quando você não espera. No aniversário, Natal, Dia da Criança, depois Dia dos Pais, acho um saco de Papai Noel. O presente, conforme a palavra em si se explica, é uma presença. Portanto, não pode ser datada. Não deve ser uma obrigatoriedade.

Além de não gostar do Natal, em alguns aspectos, ele chega a ser irritante: Em vários aspectos. Senão, vejamos:

— Quer coisa mais irritante durante o mês de dezembro do que ir a um barzinho ou restaurante, de noite, para tomar um chopinho e ter, ao seu lado, aos gritos, berros e urros, uma "festinha da firma", com risos histéricos, discursos profundos e etílicos do "chefe", gozações com a "gostosa" da firma e a indefectível troca de "amigos secretos?" Por que gritam tanto nas "festinhas da firma?" E quando você vai ao banheiro sempre tem um ou dois funcionários burocraticamente vomitando. Como se vomita no Natal! Principalmente os bancários.

— E o "amigo secreto" então? Já notaram que sempre sai para quem não é nem muito amigo e muito menos muito secreto? E você passa o mês inteiro tendo que imaginar o que vai dar praquele chato. Se o "amigo secreto" já é uma relação constrangedora na firma, em família então, nem se fala. Em primeiro lugar, porque dois ou três dias depois do "sorteio", todo mundo já sabe quem é o amigo de quem. Você já sabe pra quem vai dar e de quem vai receber. Essas informações sempre vazam no seio familiar. Sempre tem uma irmã que sabe de todos, ninguém sabe como. E você que torceu para não sair aquela prima fofoqueira, pois é justamente com ela que você vai se abraçar logo mais. E dizer todas aquelas frases. Todas, são insubstituíveis.

— E as propagandas de Natal? Existe coisa mais horrível que este bando de gordos com brancas barbas, puxados por veadinhos? A publicidade brasileira é uma das melhores do mundo, perdendo talvez apenas para a inglesa. Mas, chega o Natal, baixa o "espírito natalino" nos criadores das agências e dá no que dá. Eles não conseguem (há 1.994 anos) fazer um único anúncio sequer decente nessa época. São constrangedores, amadores, dignos de um Papai Noel de mentirinha. Tem uns, mais "criativos", que até neve têm, debaixo dos 40 graus de dezembro.

— E aqueles Papais Noéis que vão de casa em casa e os pais obrigam as criancinhas a dar beijo naquele sujeito imenso, barba descolada, sapatão de militar, já meio bêbado depois de passar em várias casas de amigos e parentes? As criancinhas esperneiam, não dormem semanas seguidas, sonhando com aquele monstro que o pai fez beijar. Meu Deus, é um outro pai que eu tenho?, devem pensar os pequenininhos da família. E o monstro ainda diz "coisas" para os indefesos, presos nos braços do pai ou da mãe, quiçá da avó: este ano, não vai fazer malcriação, vai comer toda a papinha, não vai mentir e nem fazer xixi na cama, viu, Rony? Coitados.

— Mas o pior mesmo é a ceia, propriamente dita. Com o passar dos anos, a família vai crescendo e de repente já são quatro gerações que estão ali, de olho no peru. Umas 50 pessoas. E ali dá de tudo. Cunhados que não se falam, a velhinha que não escuta os planos do asilo, o fulano que está falido, coitado, a prima que está dando para um sobrinho, aquele casal que está separado mas que, no Natal, baixa o "espírito" e eles comparecem juntos. Todo mundo sabe que se odeiam. Mas é Natal. Aquele tio que deve tanto para o seu irmão também está lá. Mas é Natal. E a irmã que não pagou a trombada que ela deu com o carro do tio-avô? Tudo é permitido. Afinal, é Natal. Nasceu quem mesmo? Jesus, não foi? E, por isso, à meia-noite, todos dão as mãos e rezam (des)unidos.

— E, para terminar: existe música mais chata que Jingle Bell?Já o Reveillon, é o maior barato. É quando tomamos o porre para tirar e esquecer a ressaca do Natal. Mas não adianta. No ano que vem, tem outro Natal."

Texto extraído do livro "100 Crônicas", Cartaz Editorial - São Paulo, 1997. pág. 148

Para mim o Natal é praticamente um dia como outro qualquer. Por um lado é bonito o espirito natalicio, a animação, a musica, mas por outro o Natal na classe média significa apenas que naquele dia putos mimados só pensam em receber prendas, isso é tudo e o mais importante para eles. Mas alguem com consciência e que não acredita naquilo que se celebra no Natal, começa ao ver meninos e meninas dizerem aos pais "eu quero, eu quero, eu quero", e também pensa em todos aqueles que não têm um Natal feliz, novos ou velhos, homens mulheres, crianças...principalmente as crianças, que são quem acredita mais no Natal e quem mantém o espirito natalicio vivo. Enfim...

sábado, novembro 20, 2004

Diretor quer Tom Hanks em 'O Código da Vinci'

O cineasta americano Ron Howard, que vai dirigir a versão para as telas do best-seller O Código Da Vinci, quer que Tom Hanks desempenhe o papel principal do filme.
Para o diretor de Uma Mente Brilhante, o astro que já foi Forrest Gump reúne todas as atribuições para interpretar no cinema o professor da Universidade de Harvard Robert Langdon, personagem principal do livro.

“Tom é um ator empolgante para se ver pensando”, disse Howard à revista Newsweek.
Os agentes de Tom Hanks confirmaram negociações para o ator participar do filme.

Sucesso
Hanks e Howard já fizeram dois filmes juntos - Splash, Uma Sereia em Minha Vida e Apollo 13 – Do Desastre ao Triunfo.

O Código da Vinci é um fenômeno internacional de vendas e tem tudo para ser um sucesso com ou sem a participação de Tom Hanks. Mas a presença do astro, que já ganhou dois Oscars de Melhor Ator, certamente não vai atrapalhar um bom desempenho nas bilheterias – ele é um dos atores mais populares de Hollywood e já estrelou diversos filmes de grande sucesso, como Náufrago, Quero Ser Grande e O Resgate do Soldado Ryan.

“Nós provavelmente não precisamos do status dele do ponto-de-vista da arrecadação em bilheteria”, disse Howard. “Mas ele daria a Langdon uma legitimidade imediata.”

Ar das igrejas pode fazer mal à saúde, diz estudo...

O ar que há dentro das igrejas poderia fazer mais mal à saúde que aquele à beira de uma rua movimentada, segundo uma nova pesquisa.
Cientistas holandeses afirmaram que o ar nas igrejas tem mais hidrocarbonetos policíclicos, que podem causar câncer, que o ar respirado em ruas em que passam 45 mil carros por dia.
O nível de pequenas partículas poluentes sólidas (PM10) nas igrejas estudadas é 20 vezes maior que o permitido pelas regulamentações européias.
O estudo, feito por uma equipe da Universidade de Maastricht, na Holanda, foi publicado pelo European Respiratory Journal.

Riscos no Natal
Os pesquisadores acrescentam que o mês de dezembro, quando as igrejas acendem velas para o Natal, poderia trazer ainda mais riscos aos pulmões.
Acredita-se agora que a saúde respiratória é colocada em risco diante da chamada "poluição interior" dentro de casa, no trabalho e em outros espaços fechados.
A equipe holandesa decidiu verificar a qualidade do ar nas igrejas, já que elas são muito pouco ventiladas e têm velas e incensos queimando durante todo o dia.
Eles analisaram a concentração de partículas no ar de uma pequena capela e de uma grande basílica em Maastricht, após deixarem queimar as velas por bastante tempo e simularem um serviço religioso com o uso de incenso.
Os cientistas observaram que, após deixar as velas acesas por nove horas, o ar da igreja continha níveis de concentração de partículas PM10 de 600 a 1000 microgramas por metro cúbico – mais de quatro vezes o nível aferido antes da missa matinal.
Isso significa 12 a 20 vezes a média de concentração permitida pelos padrões europeus para um período de 24 horas.

Radicais livres
O estudo também identificou no ar vários tipos de radicais livres, inclusive alguns que não haviam sido documentados antes.
Os radicais livres são moléculas altamente reativas que fazem mal ao tecido do pulmão e podem provocar ou piorar reações inflamatórias e doenças respiratórias como asma ou bronquite.
Os pesquisadores afirmam que os padres e pessoas que trabalham dentro de igrejas por longos períodos enfrentam riscos maiores que os fiéis que freqüentam as igrejas.
Assim mesmo, pessoas devotas que passam muitas horas por dia no local também poderiam ser afetadas.
Um porta-voz da Igreja Anglicana afirmou que, durante cerimônias em que são queimadas velas ou incenso, as portas das igrejas costumam ser deixadas abertas, com pessoas entrando e saindo do local.
Ele acrescentou, porém: "Este estudo certamente precisa de mais investigação, e continuaremos atentos".

Novo vírus na internet 'ressuscita dos mortos'

Empresas de segurança estão alertando para o risco de um vírus de computador que "ressucita dos mortos".
A mais nova versão do vírus da família Sober se espalha pelo PC infectado e renasce se apenas uma das partes espalhadas não for deletada.
Esse vírus também engana os usuários, pedindo a eles que abram arquivos anexados afirmando que o e-mail já passou pelo antivírus e está limpo.
As companhias de segurança de computadores dizem a todos que tomem precauções caso recebam mensagens não-solicitadas com attachments.
O primeiro vírus do tipo Sober surgiu no final de outubro de 2003 e afetou principalmente computadores na Alemanha.

Disfarce
A última versão, Sober-I, se espalhou por mais países e tem mais recursos para iludir os internautas.
O vírus insere dois pequenos arquivos na memória do micro infectado. Se qualquer um deles for manualmente apagado, o outro faz ressurgir o arquivo deletado.
Táticas parecidas já foram vistas em programas conhecidos como "spyware", usados para coletar os hábitos de navegação dos usuários na internet.
Os arquivos anexos que carregam o vírus vêm disfarçados de protetor de tela (terminação scr), ou com os formatos .bat, .pif e .com.
Quem clicar duas vezes nesses arquivos estará também abrindo caminho para outros programas malignos, já que o vírus desabilita muitos dos mecanismos de seguranças usados para proteger os computadores dos vírus.
O vírus Sober-I pode afetar micros funcionando com Windows 2000, 95, 98, Me, NT, XP e Windows Server 2003.

domingo, novembro 14, 2004

Será que os Hobbits Existem?



Foi descoberta, à sensivelmente 2 meses, uma nova espécie, que foi anexada à categoria da evolução humana: o Homo Florensiensis. Os seus restos mortais foram encontrados na ilha de Flores, na Indonésia. Esta descoberta surpreende ainda mais porque o "ser" encontrado tinha apenas um metro de altura. No início, pensou-se que era uma criança, mas após estudos mais aprofundados verificou-se que se tratava de um adulto (devido ao desenvolvimento dos dentes, do cérebro etc) tratava-se realmente de uma espécie totalmente nova, com um cérebro muito mais pequeno que o humano e grandes quantidades de pêlo a cobrir o seu corpo: mas este tinha longos braços (sobre os quais se irão realizar mais estudos, para determinar se serviriam para trepar às árvores) e caminhava sobre os dois pés. Ainda mais fantástico é que o esqueleto é relativamente recente: tem 12.000 anos aproximadamente, o que leva a crer que estas pequenas criaturas evoluiram realmente do Homo Erectus, mas que devido a condições específicas evoluíram de forma diferente. Os especialistas ficaram espantados com a idade das ossadas não só por isso mas por que os instrumentos encontrados com eles eram muito primitivos.

Incrivel mesmo é que os habitantes de Flores tinham lendas muitissimo detalhadas sobre a existência de pequenas e peludas pessoas as quais chamavam "Ebu Gogo". Os locais contam que tinham cerca de um metro de altura e emitiam murmúrios como se falassem uns com os outros. Também se diz que imitavam os sons humanos como se tratassem de papagaios. Pensa-se que os desta região morreram quando uma grande erupção vulcânica que destrui a vida selvagem de Flores, á cerca de 12.000 anos. Mas a última lenda que menciona um destes seres data de à cerca de 100 anos atrás...

Sempre houve lendas sobre pessoas pequenas: Dos anões, doendes, até outras pequenas criaturas que povoam as histórias um pouco por todo o mundo, histórias que se transmitiam oralmente e assim sobreviveram até à actualidade. Mas será que realmente têm bases reais?

De qualquer maneira, há quem ponha já a hipótese que, algures nas florestas inexploradas da indonésia, estas pequenas criaturas ainda possam viver, isolados do resto do mundo.

Que tipo de questões podem trazer estas criaturas? Não só em relacção ao estudo da evolução do ser humano, mas em termos religiosos, culturas, sociais: digamos, humanos, qual seria o reflexo de tal descoberta? Seriam apelidados de demónios? Teriam direitos? De qualquer forma, é esperar para ver. Só o tempo o dirá.

para saber mais: National Geographic

quinta-feira, novembro 04, 2004

Taj Mahal

O Taj Mahal, situado na cidade de Agra na Índia, é considerado a oitava maravilha do mundo. Edificado em mármore branco, adquire subtis variações de cor ao reflectir as variações da luz solar ao longo do dia, tornando um espectáculo de rara beleza a sua observação em várias alturas do dia, em especial ao amanhecer e ao anoitecer.
Tamanha beleza esconde e faz esquecer a crueldade cometida aos arquitectos que o conceberam.
Mandado construir pelo imperador Shaj Jehan em 1626, em memória de sua esposa Mumtaz Mahal, que morreu ao dar à luz o oitavo filho do casal, levaria 22 anos a construir ocupando 20.000 trabalhadores.
Era tão grande o amor que tinha pela sua rainha e tão grande a dor pela sua perda, que Jehan decidiu construir algo de inigualável em todo o mundo que servisse de mausoléu à sua amada.
Descontente com os projectos apresentados pelos arquitectos do seu reino, contratou o mais famoso dos arquitectos persas, Ustad 'Isa.
Para Shaj Jehan, Ustad só poderia conceber algo que exprimisse a dimensão do seu desgosto se sentisse uma dor igual á sua, pelo que mandou matar a noiva do arquitecto.
Concluída a obra, a Ustad 'Isa e aos outros arquitectos que com ele formaram equipa, foram-lhes amputados os braços para que não pudessem conceber nada que se igualasse ou superasse em beleza ao Taj Mahal.

O santo Graal

A figura do Graal é tida, comumente, como a da taça que serviu Jesus durante a Última Ceia e na qual José de Arimatéia teria recolhido o sangue do Salvador crucificado proveniente da ferida no flanco provocada pela lança do centurião romano Longino ("Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto, não Lhe quebraram as pernas, mas um dos soldados perfurou-Lhe o lado com uma lança e logo saiu sangue e água" - João19:33-34). A Igreja Católica não dá ao cálice mais do que um valor simbólico e acredita que o Graal não passa de literatura medieval, apesar de reconhecer que alguns personagens possam realmente haver existido.

É provável que as origens pagãs do cálice tenham causado descontentamento à Igreja. Em Os mistérios do Rei Artur, Elizabeth Jenkins ressalta que "no mundo do romance, a história era acrescida de vida e de significado emocional, mas a Igreja, apesar do encorajamento que dava às outras histórias de milagres, a esta não deu nenhum apoio, embora esta lenda seja a mais surpreendente do ponto de vista pictórico. Nas representações de José de Arimatéia em vitrais de igrejas, ele aparece segurando não um cálice, mas dois frascos ou galheteiros". Alguns tomam o cálice de ágata que está na igreja de Valência, na Espanha, como aquele que teria servido Cristo mas, aparentemente, a peça data do século XIV. Independente da veneração popular, esta referência é fundamental para o entendimento do simbolismo do Santo Graal já que, como explica a própria Igreja em relação à ferida causada por Longino, "do peito de Cristo adormecido na cruz, sai a água viva do batismo e o sangue vivo da Eucaristia; deste modo, Ele é o cordeiro Pascal imolado". A primeira referência literária ao Graal é O Conto do Graal, do francês Chrétien de Troyes, em 1190. Todo o mito - e uma série interminável de canções, livros e filmes - sobre o rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda tiveram seu início ali. Tratava-se de um poema inacabado de 9 mil versos que relata a busca do Graal, da qual Arthur nunca participou diretamente, e que acaba suspensa. Um mito por si só, O Conto do Graal é uma obra de ficção baseada em personagens e histórias reais que serve para fortalecer o espírito nacionalista do Reino Unido, unindo a figura de um governante invencível a um símbolo cristão. José de Arimatéia, um "judeu-cristão"Robert de Boron conta que os judeus, ao descobrirem José de Arimatéia, prendem-no em uma cela sem janelas onde todos os dias uma pomba se materializa deixando-lhe uma hóstia, seu único alimento durante todo o cárcere, graças ao qual sobrevive. José esconde a taça que Jesus usou na Última Ceia, a mesma que ele próprio usou para recolher o sangue de Cristo antes de colocá-lo na tumba. Ao ser libertado, viaja para a Inglaterra com um grupo de seguidores e funda a Segunda Mesa da Última Ceia, ao redor da qual sentam doze pessoas (conforme a Távola Redonda). No lugar de Cristo é colocado um peixe. O assento de Judas Escariostes fica vazio e quando alguém tenta ocupá-lo é "devorado pelo lugar" de forma misteriosa. A partir desse momento esse assento é conhecido como a Cadeira Perigosa (mesmo nome do assento da Távola Redonda que também ficava vazio e só poderia ser ocupado pelo "cavaleiro mais virtuoso do mundo". Em algumas versões, é o assento de Lancelot que sempre fica vazio. Lancelot, o mais dedicado cavaleiro, que assim como Judas em relaçao a Jesus, era o que mais amava Arthur e também o que o traiu). José de Arimatéia fundou sua congregação em Glastonbury. No lugar onde teria edificado sua igreja com barro e palha há os restos de uma abadia muito posterior. A mesma onde se diz estarem enterrados Arthur e Guinevere e onde estaria o Santo Graal.

Arca de Noé?!!

Uma das maiores histórias da bíblia, diz que uma arca que foi criada para salvar os animais de um dilúvio anunciado por Deus.A Arca de Noé. Estaria ela ainda intacta em alguma região ainda não desbravada pelo homem? Ou seria mais uma lenda em torno dos personagens sagrados?

De acordo com alguns especialistas, foi encontrada no cume do Monte Ararat, na Turquia um objeto, como se fosse uma embarcação, com estábulos e jaulas em seu interior.

A bíblia diz que, Noé recebeu uma mensagem de Deus, avisando de um grande dilúvio, que inundaria toda a Terra. E disse para Noé construir uma Arca gigantesca para abrigar um casal de cada espécie de animal, para dar continuidade as espécies. A arca foi construída e veio o dilúvio. Inundando tudo o que havia por perto. E Noé estava a salvo com os animais em sua arca. Alguns estudiosos acreditam que, quando acabou o dilúvio, a arca parou num ponto onde hoje é o Monte Ararat, na Turquia. Mas com o passar dos anos, o gelo teria coberto toda a arca.

Mas alguns pesquisadores também colocam a veracidade desses fatos em questão. Uma delas é que a arca, por ser de madeira, e ter ficado na água por tanto tempo, não poderia resistir e entraria em decomposição. Não duraria tanto tempo e não estaria intacta como dizem outros estudos.

Outro factor que impede a conclusão da pesquisa são os fatores climáticos. Terremotos, avalanches, erupções, animais selvagens e até ladrões fazem com que a possível Arca de Noé continue guardada e escondida. Além de leis radicais da Turquia que proíbe certas explorações em suas montanhas. Alguns dados de historiadores afirmam que existia um vilarejo próximo ao Monte Ararat no sec XIX, e lá havia um monastério que possuía algumas relíquias da Arca. Em Junho de 1840, o Monte Ararat sofreu um terrível terremoto... O Monastério foi destruído e as relíquias também... Até hoje as descobertas sobre o possível paradeiro da Arca de Noé não passam de especulações. Tudo o que foi pesquisado é baseado em dados e fotografias que ainda não mostram nitidamente o que está no Monte. E essa incógnita continuará até que a verdade nos seja revelada...

http://www.apocalipse2000.com.br/profecias08.htm

quarta-feira, outubro 27, 2004

O Grito

Foi um grito. Um intervalo. Um instante sufocado num silêncio áspero, rude, embalado no olhar de ninguém. Foi só mais um - no meio da multidão de horríveis, como que a última alma pura a afogar-se abraçada ao divino.
Um grito dorido, agudo... que ninguém ouviu! Só a lua. Aquela que se finge surda mas ressente cada sofrimento humano. A quebra do silêncio. E a chama apagou-te, como se o vento soprase mais forte e acompanhasse o temor do ser, aquele que o grito transparece.
Quem o ouviu pensou talvez no murmúrio do século, na brisa de Inverno. Mas houve um segundo em que todo o mundo escutou a melodia abalada do grito - Pedia socorro. Implorava ajuda! E o mundo pela primeira vez uniu-se, num desespero louco e eufemismo de amor. Chorou junto, ingénuo do ideal que abraçava. Cada ser acarinhou a missão do movimento desconhecendo a benção que induzia depois, à lágrima.
Levantaram as mãos ao céu, mesmo aqueles que dantes só aspiravam ao Inferno. Mas no acelerar do exemplo, o fio da vida estendeu-se longo e o grito escoou do ar. Nenhuma luz mais o iluminou.
Não importa a razão do grito. Nem quem o lançou perdido à espectativa humana... Não importa quem o ouviu por entre as palpitações. O que importa é o espírito que ele transportou. Que por um instante mudou um todo.
O que importa é que o grito ainda ecoa em cada um de nós, com o mesmo terror, vontade e ideal... só nos cabe a nós ouvi-lo.

terça-feira, outubro 26, 2004

Don't Give Up

"In this proud land we grew up strong
we were wanted all along
I was taught to fight, taught to win
I never thought I could fail
no fight left or so it seems
I am a man whose dreams have all deserted
I've changed my face, I've changed my name
but no one wants you when you lose

don't give up
'cos you have friends
don't give up
you're not beaten yet
don't give up
I know you can make it good

though I saw it all around
never thought I could be affected
thought that we'd be the last to go
it is so strange the way things turn
drove the night toward my home
the place that I was born, on the lakeside
as daylight broke, I saw the earth
the trees had burned down to the ground

don't give up
you still have us
don't give up
we don't need much of anything
don't give up
'cause somewhere there's a place
where we belong

rest your head
you worry too much
it's going to be alright
when times get rough
you can fall back on us
don't give up
please don't give up
'got to walk out of here
I can't take anymore
going to stand on that bridge
keep my eyes down below
whatever may come
and whatever may go
that river's flowing
that river's flowing
moved on to another town
tried hard to settle down
for every job, so many men
so many men no-one needs

don't give up
'cause you have friends
don't give up
you're not the only one
don't give up
no reason to be ashamed
don't give up
you still have us
don't give up now
we're proud of who you are
don't give up
you know it's never been easy
don't give up
'cause I believe there's a place
there's a place where we belong"

segunda-feira, outubro 18, 2004

Profecias Maias

Este é um texto que foi recebido de um grupo de estudos da Espanha, acerca do conteúdo das profecias Maias, sobre o momento que passamos. "Amigos, Sábado, 04 de maio, o GOF34 se reuniu em Madri e em diferentes pontos da Espanha. A meditação deste sábado tinha que ver com visualizar o que nos espera o destino até o ano de 2012. Vou colocar o trabalho realizado em Madrid." (Traduzido do espanhol) MEDITAÇÃO - FUTURO 2002 - 2012

2002 - Ano de preparação. Ano de transição.
2003 - Aumenta o número de pessoas que não toleram novas energias. Muitas pessoas enfermas de doenças que a ciência não conhece. Aumenta a freqüência de emissão da luz do sol.
2004 - Produzem-se mudanças repentinas nas pessoas quanto à maneira de pensar e de ver as coisas. Potencializa-se o positivo e o negativo. Tombam os alicerces da Igreja Católica. Morre o Papa João Paulo II. 2005 - Aparece no céu um novo planeta. Isto produz mudanças eletromagnéticas e gravitacionais na Terra. O Sistema Bancário se quebra. A humanidade começa a dar ao dinheiro outro sentido. Também aumenta a atividade do pólo negativo e se produz um grande caos em todos os níveis.
2006 - Existem dois tipos de humanidades bem diferenciadas. A Luz e a Escuridão em franca luta. O novo planeta se instala na órbita entre Marte e Júpiter. Grande Caos a nível mundial. Quem não tem terra, não comerá. Valorizam-se mais outras coisas como o companheirismo, a amizade, o amor, o desapego, a compaixão e o altruísmo. Muitos movimentos sísmicos e vulcânicos. O eixo polar da terra muda de posição. O mar inunda as zonas costeiras. Produz-se um grande despertar da humanidade. Forças da Escuridão passam para a Luz. As catástrofes planetárias põem em harmonia as nações do mundo.
2007- Desaparecem muitas fronteiras. Começa o sentimento de UNIDADE entre a HUMANIDADE. Os povos se ajudam entre si. Os Irmãos Maiores vêm coabitar (viver) com a humanidade. Aparece a cultura oculta durante tantos anos. A humanidade colabora com os Irmãos Maiores. Formam-se comunidades harmônicas entre os seres humanos e os de outros planetas.
2008 - Aqueles que conseguem tolerar a freqüência da luz do sol e a vibração da Terra a 13 ciclos por segundo, permanecem, os que não, desencarnam. As Forças Involucionistas perdem a batalha definitivamente. O novo planeta realiza os ajustes orbitais na Terra e muda a geografia tal com a conhecemos hoje. As Forças Involucionistas que não desejam trabalhar com a Luz, são transportadas para o novo planeta. É feita a limpeza total do astral da Terra.
2009 - Ano da estabilização das mudanças. Tem-se que seguir adaptando-se à nova vibração com uma alimentação sadia. Ativam-se e potencializam-se as percepções ultra-sensoriais. Começa a funcionar os espirais de DNA que estavam adormecidos no corpo humano. Os animais não são mais definitivamente alimentos para a humanidade.
2010 - Os reinos animal, vegetal e mineral se harmonizam, desaparecendo da Terra espécies que não são mais necessárias. Chegam mais Irmãos Maiores para conviver com a humanidade, e ensinam coisas que não conseguimos nem imaginar até agora.
2011 - A humanidade é agora UMA. Tem consciência das Civilizações Cósmicas que existem. Se prepara para entrar na Confederação Galáctica como membro de pleno direito. Segue ampliando o trabalho de aprendizagem.
2012 - A humanidade é feliz. A humanidade é harmônica. A humanidade tem consciência de tudo que é. Inicia-se uma grande Festa Cósmica. A terra nomeia seus representantes para a Confederação Intergaláctica, e exporta AMOR para todo o Cosmo. Inicia-se uma nova era e a Terra passa a ajudar na evolução de outras humanidades da terceira dimensão.

O que não está referido neste texto retirado do site www.apocalipse2000.com.br é que o calendário Maia (e também o Asteca!!) acabam neste mesmo ano de 2012, mais concretamente no dia 21 de Dezembro, o que por muitos é entendido como o fim do mundo pois ambos os povos tinham profecias nesse sentido!!

Nostradamus...!!

Nostradamus, forma latinizada do nome Michel de Nostre-Dame, foi um astrólogo Francês e médico de câmara de CarlosIX. Viveu entre 14-12-1503 e 2-7-1566. Tronou-se conhecido pelas suas profecias, publicadas em 10 volumes, o primeiro dos quais em 1555 e todos intitulados " Centúrias ". Continham mais de 36.000 palavras proféticas escritas em latim e português. Algumas dessas profecias, foram "encaixadas" em diversos acontecimentos que se tem vindo a verificar ao longo da História. Interpretação de quem as leu, ou estaria Nostradamus prevendo mesmo aqueles acontecimentos?
A técnica pela qual Nostradamus previa o futuro nunca foi escondida. Colocava um recipiente com água sobre um tripé de bronze e fixava-o de forma semelhante à utilizada pelos adivinhos que estudam nas bolas de cristal. Porém, muitas vezes, as suas previsões surgiam-lhe espontaneamente.

MORTE DE HENRIQUE II DE FRANÇA
"O jovem leão vencerá o velho
No campo de batalha num único combate
Trespassar-lhe-á os olhos na sua jaula de ouro
Duas feridas numa, perecerá de uma morte cruel. "

Esta predição cumpriu-se 4 anos mais tarde, em 1559, quando Henrique, cujo emblema ostentava um leão, entrou numa luta amigável com um jovem oficial de nome Montgomery. A lança de Montgomery atravessou acidentalmente a viseira do elmo dourado de Henrique, ferindo-o na vista e na garganta. O soberano morreu 10 dias depois.

NAPOLEÃO
"Um imperador nascerá junto de Itália
Que custará muito caro ao Império"

De facto Napoleão, que Nostradamus descreveu como sendo o primeiro Anticristo, custou bastante à França, tanto em homens como em força política, até à sua queda final.

"O grande Império será trocado em breve por um lugar pequeno,
O qual cedo começará a crescer.
Um local de área reduzida no meio do qual
Irá pousar seu ceptro."

Napoleão foi exilado para a pequena ilha de Elba, donde fugiu por 100 dias, durante os quais o seu império cresceu de novo. Renunciou definitivamente ao Poder na pequena ilha de Santa Helena.

O GRANDE INCÊNDIO DE LONDRES
"O sangue dos justos será exigido em Londres
Queimada pelo fogo em três vezes vinte mais seis"

O sinistro ocorreu exactamente no ano de 1666 ( três vezes vinte mais seis )

CARLOS I DE INGLATERRA
"O homem indigno é expulso do reino inglês
O conselheiro arderá pela cólera
Os seus seguidores descerão tão baixo
Que o pretendente quase será aceite. "

A irresponsabilidade de Carlos fez-lhe perder o reino. O seu conselheiro, o arcebispo Laud, foi queimado em 1645. Os seguidores que desceram tão baixo foram os Escoceses, que devolveram o reino ao Parlamento em 1646, e o pretendente será Oliver Cromwell ( o Lord Protector ), que quase foi aceite como rei pelo povo inglês.

LUÍS PASTEUR

"Pasteur será celebrado como um deus,
Quando a Lua completar o seu grande ciclo."

O ciclo lunar em torno da Terra leva 19 anos a completar. Um desses ciclos lunares concluiu-se em 1889, ano em que Luís Pasteur deu um contributo vital à ciência médica ao fundar o Instituto Pasteur.

ADOLFH HITLER
"Nas montanhas da Áustria, perto do Reno,
Nascerá de pais humildes
Um homem que pretenderá defender a Polónia e a Hungria
E cujo destino nunca será determinado.
Em 1937 um poder infernal ascenderá contra a igreja
Este será o 2º Anticristo "

Estes, entre outros versos, falam sobre a vida de Hitler ou Hister, como foi chamado por Nostradamus ao segundo Anticristo, e da sua morte que nunca será satisfatoriamente confirmada.

"Uma fera selvagem e furibunda atravessará os rios,
A maior parte do campo de batalha estará contra Hister."

A maior parte da Europa ( A maior parte do campo de batalha) enfrentou Hitler quando os exércitos alemães invadiram França através do rio Reno.

"semi-porco, semi-homem, quando as batalhas são travadas nos céus."

Seria a descrição de um piloto em tempo de guerra, com mascara de oxigénio, capacete e óculos.

HIROSHIMA
"Perto do porto e em 2 cidades haverá 2 calamidades até então nunca vistas."

As duas cidades portuárias de Hiroshima e Nagasaki sofreram dois bombardeamentos em que, tanto as explosões como a radiação que se seguiu foram horrores que o Mundo nunca vivera.

A 3ª GUERRA MUNDIAL ?
"Quando aqueles do Pólo Norte estiverem unidos
No Leste haverá um receio grande...
Um dia os dois grandes chefes serão amigos,
A Nova Terra terá atingido o auge do seu poder,
Para o homem de sangue o número repete-se."

O " homem de sangue " é identificado como sendo o terceiro Anticristo que surgirá na China. A " Nova Terra " era uma expressão vulgar nas profecias de Nostradamus como referência à actual América. Será uma guerra entre a China e as aliadas Rússia e América?

"Quando o ciclo do séculos de renova
No ano 1999 e sete meses
Dos céus virá o grande rei do terror,
Ele ressuscitará o rei dos Mongóis.
Antes e depois o rei da guerra reinará alegremente.
Uma grande fome causada por uma onda de pestilência estenderá o seu longo alcance em toda a extensão do Pólo Árctico.
"
Já sabem assim o que nos espera em Julho de 2000!!

Ora bem...é certo que estamos em 2004, também é certo que tivemos a guerra do Kosovo, Afeganistão e Iraque, mas nenhuma delas com as proporções profetizadas por Nostradamus e nenhuma delas envolvendo a China. Mas pronto...até os profectas erram...certo?!!

Qual a verdade acerca da "Experiência de Filadélfia"?

Qual a verdade acerca da "Experiência de Filadélfia"? Terá mesmo sido posta em prática? Terão sido os resultados obtidos os constantes dos relatos?
Segundo os relatos, em 28 de Outubro de 1943 no porto de Filadélfia, sob a direcção do Dr. Jessup, e na qual já Einstein teria trabalhado, baseando-se na teoria dos campos unificados, do próprio Einstein, foi posta em prática uma experiência, que ficaria conhecida como "Experiência de Filadélfia", que tinha por objectivo tornar um vaso de guerra invisível.
O escoltador U.S.S. Eldridge estava na sua doca no porto de Filadélfia e ia ser o alvo da experiência. Alguns minutos após o inicio da experiência, uma névoa verde começa a elevar-se do Eldrige e este desaparece para reaparecer alguns minutos depois. No entanto parte da tripulação tinha desaparecido e alguns dos restantes viriam a morrer de estranhas crises de loucura.
Mas não era tudo. Pouco tempo depois da experiência, chegou a notícia que naquele dia e coincidindo com período de tempo que o Eldrige se tinha tornado invisível, este tinha misteriosamente aparecido durante alguns minutos, para depois desaparecer, na doca militar da baía de Norfolk na Virgínia, a 640 Km de Filadélfia. O navio não tinha se tornado invisível, tinha sido teletransportado para Norfolk e novamente de volta para Filadélfia.
A "Experiência de Filadélfia" passou a pertencer aos arquivos mais secretos do Ministério da Marinha dos Estados Unidos.
O Dr. Jessup, cujo silêncio se estava tornando difícil de controlar, tendo inclusivé sido através dele, usando o nome falso Allen, que o assunto veio a público, apareceu morto no seu carro. A sua morte foi oficialmente atribuída a suicídio.

sábado, outubro 09, 2004

'Pequenas' coincidencias!!

Um indivíduo é preso na Pensilvânia por vadiagem.Insiste coma Polícia que é um engano, que mora no nº 714 da Rua McIlvan.Presente ao juiz este pergunta-lhe onde arranjou aquele endereço.
- é um endereço qualquer - responde o arguido.
- Isso é que não é. É o endereço da minha casa - diz o juiz.

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John Adams e Thomas Jefferson, segundo e terceiro presidentes dos Estados Unidos morreram no mesmo dia, 4 de Julho de 1826, que correspondeu ao 50º aniversário da independência dos Estados Unidos.

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A 1 de Março de 1950 numa Igreja em Beatrice no Nevada todas as 15 pessoas que faziam parte do coro chegaram atrasadas entre 20 e 30 minutos, e todas tinham uma desculpa diferente.O atraso salvou-lhes a vida. O ensaio era para ter início às 19H15 e às 19H25 uma explosão destrui a Igreja.

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Em 1914 uma mãe alemã deixou numa loja de Estrasburgo para revelar, um filme de uma foto do seu filho pequeno.Entretanto rebentou a Primeira Guerra Mundial, ela não pode voltar aquela cidade e deu o filme por perdido.
Dois anos depois ela comprou outro filme em Frankfurt para tirar uma foto à sua filha recém nascida.Depois de revelada, reparou que havia uma dupla exposição.O retracto da sua filha estava sobreposto ao do seu filho.O filme que havia sido entregue me Estrasburgo, a cerca de 160 Km, nunca fora revelado, havia sido dado como novo e posto à venda.
Por grande coincidência, foi para a Frankfurt e comprado pela mesma pessoa que o havia deixado em Estrasburgo dois anos antes.

Truque nunca antes visto!!

Um ilusionista que percorria os diversos estados da América do Norte, estava obcecado com as actuações do célebre Houdini, e resolve que iria fazer algo que ultrapassaria o próprio Houdini.
Procura duas gémeas, o mais semelhantes possível e contrata-as para fazerem um número com ele. Leva-as para onde não sejam conhecidas e mantendo uma delas escondida, anuncia que vai fazer um número de teletransporte nunca antes visto.Chegado o dia do espectáculo, coloca uma das gémeas dentro de uma caixa e fecha-a. Expõe uma outra caixa e pede à multidão que a examine cuidadosamente.
A caixa era toda em madeira maciça e sem fundo falso. Coloca a outra gémea dentro da caixa, e tapa-a pregando a tampa com pregos.Pega numa enorme serra e começa a serrar a caixa a meio.A multidão assistia estupefacta enquanto enormes gritos ecoavam no ar e o sangue fazia poça no chão.
Da outra caixa saiu a irmã gémea, enquanto na caixa cortada a meio, lá estava o corpo da irmã cortado em dois.O ilusionista foi preso, condenado à morte e executado.

PS: Esta inacreditável história encontra-se relatada numa publicação periódica do ©Reader's Digest na secção dedicada a factos verídicos.

sexta-feira, outubro 08, 2004

Um Assassino - Jack O Estripador - Caso Encerrado

Em 1888, um assassino aterrorizou Londres. Matou cinco prostitutas e retalhou seus corpos, retirando vísceras, úteros, genitais e membros. Ele ficou conhecido como Jack, o Estripador, e nunca foi apanhado. Ficou tão famoso no mundo todo que até hoje se usa uma piada inspirada nos seus crimes: "Como diria Jack, o Estripador, vamos por partes..."

Uma milionária escritora de livros policiais, a americana Patricia Cornwell, de 47 anos, "mãe" de uma personagem detetive-legista, Kay Scarpetta, e criadora do Instituto de Ciência e Medicina Forense da Virgínia (EUA), resolveu investigar aquela série de crimes, 114 anos depois. O resultado é um livro-bomba: Retrato de Um Assassino - Jack O Estripador - Caso Encerrado, lançado no ano passado na Inglaterra.

No livro, Patricia incrimina um famoso pintor impressionista alemão, Walter Sickert, e afirma categoricamente que ele foi o assassino. Suas principais evidências:
1) um teste de DNA mitocondrial numa carta enviada por Sickert continha o mesmo DNA das cartas que o assassino enviava à polícia;
2) o assassino demonstrava domínio de técnicas de pintura ao escrever cartas com pincel, e uma vez traiu-se, usando o mesmo pseudônimo de Sickert como ator, Mr. Nobody (Sr. Ninguém);
3) Walter Sickert desenhava no livro de hóspedes na Pensão Lizard, onde vivia na Cornualha, e os desenhos batem com os que Jack fazia em suas cartas;
4) As iniciais que Sickert usava em sua correspondência eram grafadas muitas vezes de forma idêntica às de Jack.
Há dezenas de outras evidências levantadas por Patricia. A escritora falou à Agência Estado com exclusividade na quinta-feira, por telefone, depois de um mês de tentativas. Disse que deverá publicar um novo livro em novembro de 2004, mas estará de novo "confortavelmente" entregue à ficção. O labirinto dos crimes reais a deixaram extenuada, ela conta.

Agência Estado
Como a sra. teve a idéia de revisar o caso de Jack, o Estripador?
Patricia Cornwell
Foi algo absolutamente inesperado. Algumas anos atrás, eu estava em Londres e encontrei um famoso investigador da Scotland Yard. Conversávamos e eu perguntei a ele se crimes centenários, como os de Jack, já haviam sido investigados sob a luz da ciência, com os métodos modernos de investigação. Ele disse que não, que nunca mais se reexaminou o caso. Então eu comecei a investigar e montei uma equipe de especialistas para me ajudar. Você sabe, eu sou uma repórter investigativa, já trabalhei em inúmeros casos anteriormente para a TV nos Estados Unidos, antes de me tornar escritora de livros policiais.

A sra. sabe que arruinou a reputação de um artista renomado, Walter Sickert. Como a família dele reagiu?
Não tive problemas jurídicos, mas a reação foi muito negativa. A família se recusou a colaborar, impediu a publicação de pinturas, retratos e cartas. De certa forma, é compreensível. Ninguém gosta de ter um parente, de um dia para o outro, apontado como um serial killer. Mas eu não arruinei a reputação de Sickert. Foi ele mesmo quem a arruinou, quando decidiu matar aquelas mulheres. Eu não acusei ninguém, apenas demonstrei que ele era o assassino.

Jack, o Estripador, é hoje um personagem tão famoso quanto Drácula ou Dr. Jekyll. Por que a sra. acha que ele exerce tanto fascínio ainda hoje?
É verdade. Acontece que Walter Sickert começou tentando ser um ator. Ele criou essa abordagem teatral de maneira muito cuidadosa, por meio de cartas escritas para jornais e para a polícia, e na forma de tratar a cena do crime. Ele criou o mito como se criasse um personagem teatral, operístico. Há também o fato de que os crimes foram realmente chocantes, assassinatos bárbaros. Jack se orgulhava dos seus crimes, demonstrava grande prazer e excitação em cometê-los, e a opinião pública pareceu entender isso.

O corpo de Walter Sickert foi cremado. Como se poderia dizer com precisão que um teste de DNA seria suficiente para incriminá-lo?
O teste de DNA foi apenas um dos elementos usados para se chegar à conclusão. Há diversas outras conexões e a principal delas é a análise de datas, do material escrito, suas pinturas, os testes grafológicos e também um sistema de exclusão de possibilidades. Um pouco de cabelo de alguém da família poderia ter ajudado, mas há diversas maneiras de se chegar à conclusão. Se não houvessem as cartas, eu acharia outra maneira.

O ano-chave dos assassinatos foi 1888. Por que naquele ano?
Jack continuou a matar. Essa gente não pára. Muitas outras prostitutas foram mortas em circunstâncias semelhantes naquela época, mas era um tempo de muita pobreza e havia milhares delas. Muitas não tinham famílias, ninguém as reclamava, ninguém denunciava o seu desaparecimento. Eu pesquisei dezenas de casos.

A sra. também se debruçou sobre as pinturas de Jack. O que acha dele como pintor?
Ele é um artista brilhante. É muito respeitado por seus contemporâneos e pela crítica. Mas eu jamais penduraria um quadro dele na minha parede. Seu trabalho é sombrio, violento, mórbido. Parte de sua atração é essa morbidez mas não funciona comigo. Há um quadro dele extremamente perturbador, que mostra um buraco negro numa parede. São belas pinturas, mas perturbam.

O escritor inglês Alan Moore escreveu Do Inferno, livro no qual defende a tese de que Jack foi William Gull, o médico da família real. O que a sra. achou dessa tese?
É apenas uma teoria, do tipo conspiratória. Todas as versões são teorias, porque nenhuma delas partiu de uma investigação séria. Não havia evidências físicas. E aquela história de ele (o médico William Gull) andar por Whitechapel visto, haveria testemunhas. Era um homem velho, tinha muitos numa carruagem, aquilo é extremamente inverossímil. Teria sido afazeres como médico. Não é crível. Sickert, além de tudo, era um homem jovem, tinha 28 anos naquela época, e era um nadador, fazia cultura física. Dominava as mulheres com facilidade. Mas eu não fui atrás de teorias, fui atrás de evidências. Jack escreveu cartas, a maioria delas cheias de orgulho, descuidadas. Queria provar que tinha matado, queria mostrar seus feitos.

A sra. pretende se dedicar de novo a algum caso real como esse?
Sabia que ia me perguntar isso. A resposta é não. Gastei muito tempo de minha vida viajando pela Inglaterra, pesquisando. Sobretudo, gastei muito dinheiro e nunca tive uma folga durante esse período. Agora quero viajar, fazer as coisas que queria há muito tempo.

Jotabê Medeiros

Amityville House

A "Amityville house", o numero 112 da Ocean Avenue, foi a residência da família DeFeo até ao dia 13 de Novembro de 1974. Nessa noite, Ronald DeFeo, de 24 anos, matou com uma espingarda de alta potência, os pais, os dois irmão e as duas irmãs enquanto dormiam, narcotizados com drogas que Ronald lhes colocara no jantar. Curiosamente todos dormiam de barriga para baixo com a cabeça apoiada nos braços. Em julgamento Ronald DeFeo afirmaria que ouvira vozes que lhe ordenaram que fizesse aquilo. Recebeu prisão perpétua.

Nos finais de 1975 George e Kathy Lutz compram a casa e mudam-se para lá a 18 de Dezembro. Vinte oito dias depois fugiriam de lá levando consigo apenas algumas mudas de roupa.O livro de Jay Anson "The Amityville Horror" traduzido para português com o titulo "A mansão do Diabo", tendo como nota introdutória, "... todos os factos e acontecimentos, até onde nos foi possível verificar, são estritamente verdadeiros", é o relato destes 28 dias de terror vividos pelos Lutz.
Quando compraram a casa, tiveram conhecimentos da sua macabra história, mas não deram importância, pois não eram supersticiosos.
O primeiro facto estranho aconteceu com o padre Frank Mancuso, amigo da família, que ao benzer a casa no próprio dia que os Lutz para lá se mudaram, ouviu uma voz mandando-o sair, numa outra ocasião ao aspergir água benta, o chão ficou manchado de sangue.De regresso a casa depois de uma das suas visitas aos Lutz, sentiria o seu carro ser misteriosamente empurrado para fora da estrada, de repente o capô do carro foi arrancado a porta direita abriu-se e o motor parou.Era apenas o começo, durante o tempo em que o padre Mancuso tentou ajudar a família Lutz, sofreu estranhas e misteriosas atribulações.
Era a primeira noite que os Lutz passavam na casa nova, George acorda e olha para o relógio, eram 3H15, nos vinte oito dias que viveriam na casa, acordaria sistematicamente às 3H15 e de todas as vezes sentia que tinha de ir verificar a porta do abrigo dos barcos que tinha deixado aberta. Encontrá-la-ia sempre fechada e trancada.
A filha mais nova do casal, Missy de 5 anos, começa a contar histórias de um porco de olhos vermelhos chamado Jodie, que todas as noites iria conversar com ela para a beira da sua cama.Os pais não deram importância julgando tratar-se de fantasia dela, começam a ficar intrigados quando algumas história se relacionam com acontecimentos da casa e certa noite ao deitar a filha, Kathy vê por momentos uns olhos vermelhos do lado de fora da janela.Num outro dia George vê a o seu rosto ser misteriosamente desenhado numa parede e esfumar-se em seguida.
A casa, com aquecimento e com o termómetro a marcar 24 graus, inexplicavelmente estava sempre gelada.Janelas e porta que haviam sido trancadas, abriam-se durante a noite.Certa noite George acorda com a sensação de estar a flutuar, ao abrir os olhos vê Kathy acima dele e vê-se a uns 30 cm da cama, outra noite acordariam ao som de uma banda marcial vindo não se sabe de onde.Numa outra noite de terror em que George e Kathy resolvem benzer a casa, são interrompidos por um forte zumbido que foi aumentando até se tornar num tropel de vozes incompreensíveis.
Certo dia, George entra num bar local, vê que o empregado tem um comportamento estranho e não tira os olhos de cima dele.
Numa dada altura em que George foi tratar de uns assuntos a Long Island resolve ir a um jornal local, o Newsday, investigar os detalhes da tragédia dos DeFeo. Olha estupefacto para o jornal que relata o crime de Ronald DeFeo. Não fora a sua cara que vira na parede da casa naquele dia!! Entre ele e Ronald DeFeo existe uma semelhança impressionante, quer no rosto quer na estatura!!! Estava aqui também a razão do comportamento do empregado do bar. Descobriu também que o crime terá sido cometido pela 3H15 da madrugada, a hora a que acordava sistematicamente todas as noites!!!
Muitos outros assustadores e intrigantes acontecimentos constam do relato que os Lutz fizeram dos 28 dias que passaram na "Amityville House".
Após os Lutz abandonarem a casa, foram feitas várias pesquisas aos estranhos acontecimentos, numa das investigações, um grupo de pesquisadores, entre os quais um elemento do Instituto de Pesquisas Psíquicas de Durham, propusera-se a passar uma noite na casa. Alguns elementos sentiram-se terrivelmente mal a ponto de terem de sair. Foi concluído que algo de estranho e inexplicável se passava naquela casa.
O numero 112 da Ocean Avenue passou a ser grande ponto de atracção turística, perante a dimensão que o caso estava atingindo, novas investigações foram feitas. Desta vez os investigadores divulgariam que tudo não passava de uma fraude, que nada de estranho se passava na casa.
Verdade ou tentativa de acabar com a especulação que o caso estava causando? O que se terá passado realmente na "Amityville House" em Dezembro de 1975??

NOTA: "The Amityville Horror" serviu de titulo a uma série de filmes, que embora baseados na mesma temática, nada tinham a ver com o relato dos Lutz.

quarta-feira, outubro 06, 2004

"Ser"

Abres as asas ao ser
Não analizas
Não choras
Não sentes. Vives.
E fazes de cada instante
cada tempo concedido
mais do que uma benção
O antónimo de contratempo
[A melodia de uma canção]
Não procures
Nem persegues
Não sonhes, Não sofras
Sem promessas
Sem loucuras
Aó instinto.
Abres as asas ao vento
[porque tem de ser]
É tal missão
[ou castigo]
Que carregas contigo
A liberdade de não ter escolha.
És.
Porque tens de ser.
És.
E como te invejo!
Como te espreito, e te vejo
E beijo as tuas plumas no ar...
Como quero ser somente também...!
Não ser ninguém... e ser tudo mais.
Voar sem saber
que estou contente
pela inconstância
das regras do verbo ser.
Ignorância de quem procura respostas
No rumo do pensamento!
Sem futuro, só presente
Sem memória das notas passadas.
Poisar nos jardins secos
e Adormecer, por fim
por entre musmúrios de fadas.
By: Naja

terça-feira, setembro 28, 2004

Projecto ECHELON

Diversas vezes dei com diversos textos sobre o projecto ECHELON, então resolvi escrever um pequeno resumo.
O Projecto ECHELON é um sistema de investigação ULTRA-SECRETO desenvolvido pela Agencia de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos com parceria, do Canadá, Austrália, Grã-Bretanha, Nova Zelândia e outros países.
O projecto e capaz de investigar TODO O MUNDO... ligações telefónicas, telemóveis, bips, e-mails e etc... "Tudo está a ligado." o projecto conta com três satélites, centenas de escutas e um super computador que analisa todos os dados obtidos.
O super computador lê todos os e-mails que enviamos procurndo palavras chaves contidas nos sistemas.
Um exemplo o computador detecta a palavra "ULTRA-SECRETO", “TERRORISMO”, etc e então o e-mail é separado e é reanalisado.
O filme "Inimigo do Estado" demonstra um projecto semelhante ao ECHELON. Aconselho todos a verem…
O ECHELON tem acesso a todas as acções comerciais e controla todas as contas mundiais... Pode facilmente interceptar qualquer movimentação...
O governo Australiano confirmou, oficialmente, que as comunicações vindas de todos os telefones, faxes, dados (incluindo toda a Internet), ondas de rádio e televisão são rotineiramente observadas com o objectivo de encontrar "palavras do dicionário" que os levem até terroristas, ou traficantes... (isto comprova que tecnologia já existe!!!)
Tudo está no controle da NSA...Planos aéreos, ligações presidenciais tudo o que se pode imaginar...

Cuidado!!! Todos estamos a ser observados... Tudo está a ser observado...

A Terra

Da perspectiva na Terra, o nosso planeta parece ser grande e robusto, com um oceano interminável de ar. Do espaço, os astronautas muitas vezes têm a impressão de que a Terra é pequena, e tem uma fina e frágil camada de atmosfera. Para um viajante do espaço, as características que distinguem a Terra são as águas azuis, as massas de terra verdes e castanhas, e o conjunto de nuvens brancas contra um fundo negro.
Muitos sonham em viajar pelo espaço e ver as maravilhas do universo. Na realidade, todos nós somos viajantes espaciais. A nossa nave é o planeta Terra, viajando a uma velocidade de 108.000 quilómetros (67.000 milhas) por hora.
A Terra é o terceiro planeta a contar do Sol, a uma distância de 150 milhões de quilómetros (93,2 milhões de milhas). Demora 365,256 dias para girar em volta do Sol e 23.9345 horas para a Terra efectuar uma rotação completa. Tem um diâmetro de 12.756 quilómetros (7.973 milhas), apenas poucas centenas de quilómetros maior que o de Vénus. A nossa atmosfera é composta por 78 por cento de azoto, 21 por cento de oxigénio e 1 por cento de outros componentes.
A Terra é o único planeta conhecido a abrigar vida, no sistema solar. O núcleo do nosso planeta, de níquel-ferro fundido girando rapidamente, provoca um extenso campo magnético que, junto com a atmosfera, nos protege de praticamente toda a radiação prejudicial vinda do Sol e outras estrelas. A atmosfera da Terra protege-nos dos meteoros, cuja maioria se queima antes de poder atingir a superfície.
Das nossas viagens pelo espaço, temos aprendido muito sobre o nosso próprio planeta. O primeiro satélite Norte-americano, Explorer 1, descobriu uma intensa zona de radiação, agora chamada de cintura de radiação de Van Allen. Esta cintura é formada por uma camada de partículas carregadas que são capturadas pelo campo magnético da Terra numa região, de formato toroidal, em volta do equador. Outras descobertas feitas por satélites mostram que o campo magnético do nosso planeta é distorcido, tendo uma forma de gota, devido ao vento solar. Também sabemos agora que a nossa fina atmosfera superior, a qual se acreditava ser calma e sem incidentes, ferve de actividade -- expandindo-se de dia e contraindo-se à noite. A atmosfera superior, afectada pelas mudanças na actividade solar, contribui para o clima e meteorologia na Terra.
Além de afectar a meteorologia da Terra, a actividade solar causa um dramático fenómeno visual na nossa atmosfera. Quando as partículas carregadas do vento solar são capturadas pelo campo magnético da Terra, colidem com as moléculas de ar da nossa atmosfera acima dos pólos magnéticos do planeta. Estas moléculas de ar tornam-se então incandescentes e são assim conhecidas como auroras ou luzes do norte e do sul.

Aurora Boreal

Nem todos os efeitos da actividade solar são nocivos. Um deles, belo e espectacular, são as auroras boreais, luzes coloridas que surgem nos céus de regiões relativamente próximas do pólo Norte. Normalmente, as auroras boreais são esverdeadas pois os átomos de oxigénio das altas camadas atmosféricas emitem luz verde, ao serem excitados pelos eléctrodos de alta velocidade do vento solar. Quando a tempestade é forte para valer, camadas mais baixas da atmosfera são atingidas pelo vento solar e a aurora boreal pode vermelha, cor da luz emitida por átonos excitados de nitrogénio, outro constituinte de nossa atmosfera. Além disso, nesse caso as auroras boreais podem ser vistas mesmo a latitudes bem menores, mais próximas do equador. O Fênomeno das Auroras é visível na Terra e em todos os planetas gasosos do Sistema Solar. Na Terra elas ocorrem ao longo de todas as chamadas "zonas aurorais", regiões em forma de anel que circundam os pólos geomagnéticos Norte e Sul. Estas zonas aurorais, onde os observadores terrestres podem ver a aurora em sua actividade máxima, estão localizadas em latitudes de 67º Norte e Sul, e tem, aproximadamente, 6 graus de largura. Quanto mais ao Norte ou ao Sul estivermos maior é a chance de ver uma aurora. O Norte da Europa, em particular, Norte da Noruega e da Finlândia, são excelentes locais para observação de auroras. O Alasca também é outro bom lugar, em particular a cidade de Fairbanks.As auroras podem ser observadas nas camadas mais elevadas da atmosfera, nas proximidades dos pólos Norte e Sul da Terra. É um belo espectáculo de luz e cores na atmosfera à noite. A que ocorre no pólo Norte recebe por nome de aurora boreal, a do pólo Sul é conhecida como aurora austral. Elas formam no céu uma luminosidade difusa, que pode ser vista quando o sol está em baixo no horizonte. O Sol emite uma grande quantidade de partículas electricamente carregadas, prótons e elétrons, que caminham em todas as direcções. Esse fluxo de partículas recebe o nome de vento solar. Ao atingir as altas camadas da atmosfera da Terra, essas partículas electrizadas são capturadas e acelaradas pelo magnetismo terrestre, que é mais intenso nas regiões polares. Essa corrente eléctrica colide com átomos de oxigénio e nitrogénio - num processo semelhante à ionização de gases que faz acender o tubo de uma lâmpada florescente. Esses choques produzem radiação em diversos comprimentos de onda, gerando assim as cores características da aurora, em tonalidades fortes e cintilantes que se estendem por até 2000 quilómetros.Enquanto a luz emitida pelo nitrogénio tem um tom avermelhado, a do oxigénio produz um tom esverdeado ou também próximo do vermelho.As auroras polares podem surgir em forma de manchas, arcos luminosos, faixas ou véus. Umas têm movimentos suaves, outras pulsam. Sempre em alturas de cerca de 100 quilómetros de altitude. Quanto mais próximo o observador estiver dos pólos magnéticos, maior a chance de ver o fenómeno. O campo magnético da Terra nos protege das partículas presentes no vento solar, que viajam a 400 Km/s. Se não fosse esse campo, teríamos sérios problemas de saúde, pois seríamos atingidos por essas partículas.A região mais activa de uma aurora fica visível normalmente ao redor da meia-noite local. Elas são relativamente imprevisíveis; devido às perturbações magnéticas, as auroras podem ser vistas em qualquer momento quando o céu está escuro. Na média, as observações ocorrem ao redor de meia-noite.No hemisfério do norte, temos o Alasca, e muitos locais do Canadá oriental. Na Europa, temos a Islândia e norte da Escandinávia. No hemisfério sul, a aurora aparece em regiões despovoadas. Além do local, o tempo e a poluição também afectem as chances de se ver a aurora. Obviamente, você não pode ver aurora se o céu estiver nublado. Porém, até mesmo uma neblina leve pode impedir de se ver a aurora principalmente se existir uma área urbana por perto.

segunda-feira, setembro 27, 2004

Filme com Hitler 'humano' lidera bilheteria alemã

Um filme que desvenda o lado mais suave do ditador nazista Adolf Hitler está liderando as bilheterias na Alemanha.
Der Untergang (que pode ser traduzido como "A Queda", mas ainda não tem título em Portugal) atraiu 480 mil espectadores em sua semana de estréia, de acordo com a Constantin Film, responsável pela distribuição.
O filme mostra uma faceta humana de Hitler, mas também seu lado diabólico, nos 12 últimos dias de vida.
Dois jovens neo-nazistas, um de 29 e outro de 27 anos, foram presos durante a exibição do filme num cinema na região leste de Berlim depois de fazerem a saudação nazista e baterem palmas durante o filme.

A narrativa de Der Untergang se desenrola sob o ponto de vista de Traudl Junge, que era uma das secretárias do ditador em Berlim.
Também é baseado em relatos de um livro que tem o mesmo nome do autor alemão Joachim Fest.
O ex-chanceler alemão Helmut Kohl disse que o filme é uma forma de os mais jovens se lembrarem do horror de Hitler. Críticos do filme, entretanto, dizem que ele divide opiniões sobre o ditador.
Já está acertada a distribuição do filme em toda a Europa continental e no Japão, mas os produtores também querem que ele seja exibido na América do Norte e na Grã-Bretanha.

domingo, setembro 26, 2004

Einstein

Em 18 de abril de 1955 perto de uma hora da manhã, rompeu a aorta e parou o coração do autor da Teoria da Relatividade. Silenciosamente, na presença dos mais íntimos seu corpo foi cremado perto de Trenton no estado de New Jersey. A pedido do próprio Einstein o sepultamento foi realizado em segredo. Mas existe a lenda de que junto com ele foram enterradas também as cinzas dos manuscritos dos seus últimos trabalhos científicos, queimados por Einstein antes de morrer. Ele achava que estes conhecimentos por enquanto só poderiam causar mal à humanidade.
Que trabalhos eram esses? A resposta, infelizmente, o grande físico levou consigo. A tentativa de desvendar este segredo obriga-nos a pisar no instável solo das suposições, permissões e lembranças de testemunhas, em cuja absoluta veracidade não se pode confiar. Mas não atualmente já não existe outro caminho. Sabe-se que Albert Einstein agia ativamente contra a criação e desenvolvimento de armas nucleares, trabalhando neste interim, principalmente nos últimos anos de sua vida, na criação da Teoria do Campo Único? . A idéia básica era reunir numa única equação a inter-relação de três forças básicas: eletromagnética, gravitacional e nuclear. Mais do que isso, uma inesperada descoberta exatamente neste campo é que levou Einstein a queimar o seu trabalho. Mas, pelo jeito, as autoridades militares americanas conseguiram utilizar parte das descobertas do grande físico, ainda antes que ele percebesse a sua periculosidade.
Foi realizada uma experiência cujos resultados foram realmente trágicos. A proposta inicial não demonstrava nada inesperado. O mundo estava em guerra e os militares tentavam de todas as maneiras fazer seus aviões a navios imperceptíveis aos aparelhos de detecção do inimigo. Surgiu a idéia de criar um campo eletromagnético de tal tensão que fizesse os raios de luz enrolar-se num casulo, tornando o objeto invisível para o homem e para os instrumentos. Os cálculos foram entregues a Einstein, o maior especialista teórico neste campo.
Depois se seguiram acontecimentos que se tornaram um dos maiores mistérios do século XX. Em 1943, na Filadélfia aconteceu uma misteriosa história, ligada ao destróier "Eldridge". Mas, o que aconteceu?
O navio, no qual, de acordo com a versão existente, forma instalada "geradores de invisibilidade" não somente desapareceu do campo de visão dos observadores e dos radares, mas pareceu cair numa outra dimensão e surgiu após um certo tempo com a tripulação em estado de semiloucura. Mas o principal, pelo jeito, não está no desaparecimento do navio, mas nas misteriosas conseqüências que a experiência transmitiu à tripulação do destróier. Com os marinheiros começaram a acontecer coisas incríveis: alguns pareciam "congelar" - saíam do andamento do tempo real, outros simplesmente "dissolviam" no ar para nunca mais reaparecer...
As histórias sobre o misterioso acontecimento eram passados de boca em boca, acrescentando cada vez mais detalhes incríveis. E quando a Marinha dos EUA apresentaram um desmentido a todos os boatos sobre esta experiência, muitos pesquisadores consideraram-no uma falsificação. E existem fundamentos para tanto. Foram encontrados documentos que confirmam que do ano de 1943 até o ano de 1944 Einstein constava na folha de serviço do ministério da Marinha em Washington. Apareceram testemunhas que viram pessoalmente como desaparecia o "Eldridge", outros tiveram em mãos os cálculos executados pela mão de Einstein, que possuía uma caligrafia bastante peculiar. Até foi encontrado um recorte de jornal daquela época que informava sobre marinheiros que desembarcaram do navio e desapareceram diante de testemunhas...
Infelizmente, tudo isso pode ser posto em dúvida, porque não se encontrou o principal - os documentos. Muito poderia ser esclarecido pelos diários de bordo do "Eldridge", mas eles desapareceram misteriosamente. De qualquer modo, a todos os pedidos os pesquisadores receberam a resposta: "...encontrar e, conseqüentemente, colocar à vossa disposição, não é possível. Enquanto que os jornais de bordo do navio de acompanhamento "Fureset" foram completamente destruídos por ordens superiores, mesmo que isto seja contra todas as normas... Os manuscritos do grande físico possivelmente também poderiam explicar para onde e como desaprecia "Eldridge" mas Einstein não quis deixá-los para nós.
Os céticos contestavam: "...O navio não podia passar para outra dimensão, mesmo porque não existem outras dimensões além das nossas naturais". Se tudo fosse assim tão simples...
Atualmente para os cientistas já é um axioma a afirmação que o espaço distorcido, fechado num colapso gravitacional, forma uma assim chamada "esfera de Schwartzshield", ou "buraco negro" o qual pode conter o universo inteiro. Poucos sabem que o acadêmico A.D. Sakharov, assim como Einstein, dedicou muitos de seus trabalhos à cosmologia. Infelizmente, o seu trabalho chamado "Modelo de Universo de Multicamadas", foi publicado em 1969 com pouquíssima tiragem e outros artigos dedicados às propriedades do espaço distorcido não são acessíveis ao leitor comum. Nestes artigos Sakharov reconhece que ao lado do Universo visível existem muitos outros, muitos dos quais com características substancialmente diferentes... Nos tempos atuais a idéia de mundos paralelos já é aceita. E não são poucos os cientistas que afirmam que é possível entrar lá sem viajar ao Cosmos. É possível penetrar nestes universos sem sair da Terra, "furando" o espaço com um potente aparelho energético.

Nemesis, a estrela companheira do Sol

Suponha que o nosso Sol não está sozinho mas tem uma estrela companheira. Suponha que esta estrela companheira se move numa órbita elíptica, a sua distância ao Sol varia entre 90,000 UA (1.4 anos luz) e 20,000 UA, com um período de 30 milhões de anos. Suponha também que esta estrela é escura ou pelo menos muito fraca, e por causa disso ainda não a vimos.
Isto significaria que uma vez em cada 30 milhões de anos esta hipotética estrela companheira do Sol iria passar pela Nuvem Oort (uma nuvem hipotética de proto-cometas a uma grande distância do Sol). Durante esta passagem, os proto-cometas na nuvem de Oort seriam espalhados. Algumas dezenas de milhares de anos mais tarde, aqui na Terra nós iríamos notar um aumento dramático do número de cometas que passam no sistema solar interior. Se o número de cometas aumenta dramaticamente, também aumenta o risco de a Terra colidir com o núcleo de um destes cometas.
Ao examinar o registo geológico da Terra, nota-se que cerca de uma vez em cada 30 milhões de anos ocorreu uma extinção de vida em massa na Terra. A mais conhecida desses acontecimentos em massa é, evidentemente, a extinção dos dinossauros há cerca de 65 milhões de anos. A teoria prediz que haverá outra extinção em massa dentro de 15 milhões de anos.
Esta hipotética "companheira da morte" do Sol foi sugerida em 1985 por Daniel P. Whitmire e John J. Matese da Universidade da Luisiana do Sul. Até recebeu um nome, Nemesis. Um facto bizarro da hipótese de Nemesis é que não existe qualquer evidência de uma estrela companheira do Sol. Não precisa de ser nem muito brilhante nem muito massiva. Uma estrela muito mais pequena e fraca do que o Sol seria suficiente, mesmo sendo uma anã escura (o corpo planetário sem massa suficiente para começar a "queimar hidrogénio" como uma estrela). É possível que esta estrela exista num dos nossos catálogos de estrelas fracas sem alguém ter notado algo de peculiar, nomeadamente o enorme movimento aparente dessa estrela contra o fundo de estrelas mais distantes (isto é, o seu paralaxe). Se Nemesis fosse encontrada, poucos iriam duvidar que esta é a principal causa de extinções em massa periódicas na Terra.
Em 1987, Whitmire e Matese sugeriram um décimo planeta a 80 UA com um período de 700 anos e uma inclinação de talvez 45°, como alternativa à hipótese de "Nemesis". No entanto, de acordo com Eugene M. Shoemaker, este planeta não poderia ter causado a chuva de meteoros que Whitmire e Matese sugeriram.
Nemesis também é uma noção de poder mítico. Se um antropologista de uma geração anterior tivesse ouvido uma história como esta, o livro de ensino resultante iria sem dúvida usar termos como 'primitivo' ou 'pre-científico'. Considere esta história:
Há outro Sol no céu, um Sol Demónio que não conseguimos ver. Há muito tempo, mesmo antes do tempo da bisavó, o Sol Demónio atacou o nosso Sol. Caíram cometas, e um terrível inverno atingiu a Terra. Quase toda a vida foi destruída. O Sol Demónio já atacou muitas vezes. Irá atacar de novo.
É por isto que alguns cientistas pensaram que esta teoria era uma anedota quando primeiro a ouviram - um Sol invisível a atacar a Terra com cometas parece uma ilusão ou um mito. Merece um pouco mais de cepticismo por essa razão: nós estamos sempre em perigo de nos auto-iludir. Mas mesmo que a teoria seja especulativa, é séria e respeitável, porque a ideia principal pode ser testada: encontra-se a estrela e examina-se as suas propriedades.
No entanto, a existência de Nemesis não é muito provável. O Satélite Astronómico por Infravermelhos (Infrared Astronomical Satellite - IRAS) examinou todo o céu no espectro infravermelho distante (IR). No entanto, não encontrou qual evidência de uma estrela que correspondesse à descrição de "Nemesis."

Nave espacial movida a luz solar

À medida em que os preparativos para o vôo da primeira espaçonave movida à luz solar, a Cosmos 1, aproximam-se das etapas finais, aumenta o interesse sobre o vôo solar. Mas aumenta também o ceticismo. A nave de 40 quilos, construída pela organização Planetary Society, deverá ser lançada a bordo de um foguete russo em Setembro. Agora foi a vez do físico Thomas Gold, da Universidade de Cornell (Estados Unidos) chamar a atenção da imprensa, dizendo que o vôo solar não irá funcionar.
Não deixa de ser uma atitude corajosa. Afinal, a NASA e a ESA (Agência Espacial Européia) possuem projetos de construção de espaçonaves chamadas de "veleiros solares", em fases adiantadas de desenvolvimento. Além disso, a maioria dos cientistas afirma que elas irão funcionar.
A Cosmos-1 será lançada a bordo de um antigo míssil soviético, construído na época da Guerra Fria. O míssil é um SS-N-18, construído para ser lançado de submarinos. No fim da guerra fria, o acordo de desarmamento feito entre a então União Soviética e os Estados Unidos previa a destruição desses mísseis, a menos que eles recebessem alguma missão civil. Foi aproveitando essa oportunidade que nasceu o projeto da Planetary Society. O custo do lançamento, feito a partir do reaproveitamento de um míssil em desuso, será apenas uma fração do que o seria se se utilizasse um lançador comercial. Além disso, levando uma carga de apenas 40 quilos, os engenheiros esperam que o foguete possa facilmente atingir uma órbita entre 800 e 1.000 quilômetros de altitude.
Os veleiros solares necessitam estar em órbitas altas, entre 600 e 800 quilômetros de altitude, dependendo da densidade da atmosfera. A densidade da atmosfera, por sua vez, é função dos ventos solares. O vento solar segue ciclos previsíveis de 11 anos de duração. Em 2.003, estamos no auge de um desses ciclos, o que significa que a Cosmos-1 deverá atingir uma órbita de pelo menos 800 quilômetros de altitude para que seu vôo possa ter sucesso.
Essa relação tem levado vários veículos de comunicação a divulgar informações incorretas sobre o princípio de funcionamento dos veleiros solares. O vôo a vela solar não acontece por impulso dos ventos solares. Ele deverá ocorrer, se a teoria se mostrar verdadeira, aproveitando a reflexão da luz solar. Quando os fótons atingem as enormes "velas" da nave, ela é impulsionada pela energia fornecida pelo choque dos fótons da luz solar contra o finíssimo material de suas velas, uma espécie de espelho refletor.
Os fótons não possuem massa, mas possuem momento. Os cientistas, pelo menos os que acreditam no vôo solar, prevêem que o fóton perderá energia ao se chocar contra a superfície espelhada da vela da espaçonave. Esta energia é que será suficiente para movimentar a nave no ambiente de vácuo, sem atrito, do espaço.
A teoria está de acordo com a lei de conservação de energia. Mas o professor Thomas Gold afirma que os engenheiros estão se esquecendo da termodinâmica, a disciplina da física que estuda as transformações e as interconexões entre dois tipos de energia quando um trabalho é realizado. Em entrevista à revista New Scientist, Gold afirma que o problema é que as velas da espaçonave são projetadas para serem espelhos perfeitos. E quando fótons são refletidos por uma espelho assim, eles não sofrem qualquer queda de temperatura. Segundo a regra de Carnot, continua o professor, se não há alteração na temperatura quando os fótons são refletidos, é impossível extrair-se qualquer energia que possa ser utilizada para movimentar a espaçonave.
Os alertas do professor Gold não são, obviamente, compartilhados por toda a comunidade científica. Se o fosse, os projetos de veleiros solares certamente não teriam saído da prancheta. O tempo dirá quem tem razão. E não é tanto tempo assim, já que a Cosmos-1 deverá entrar em órbita em setembro. Mas, com certeza, a polêmica atrairá para a Cosmos-1 também os olhos dos físicos teóricos, interessados em mais uma prova de uma teoria estabelecida, ou em indicações de que, quando se trata de luz, as coisas não funcionam exatamente como quando se está tratando de matéria.
A Rússia já lançou experimentos baseados no princípio do vôo solar a vela, ainda no tempo da estação espacial Mir. Mas os protótipos nunca atingiram a altitude necessária para que o vôo solar funcionasse, o que fez com que os próprios engenheiros russos descartassem suas experiências como provas de que o vôo a vela solar não funciona.
Mesmo as apostas sobre a Cosmos-1 são arriscadas, embora toda a comunidade científica mundial esteja de olho em seus resultados. O projeto já teve vários acidentes e adiamentos. Ao contrário dos projetos das agências nacionais ou internacionais, como a NASA e a ESA, o projeto Cosmos-1 está sendo bancado por uma entidade privada, com um orçamento extremamente apertado. Talvez isto possa ser utilizado a seu favor, caso o projeto não funcione. Os cientistas deveriam então aguardar um outro teste, feito com naves construídas sem estas limitações de orçamento e com o estado da arte em cada uma de suas peças, como as que serão feitas pelas agências espaciais governamentais. Por outro lado, a Cosmos-1 poderá ficar definitivamente na história, caso funcione mesmo com todas as suas limitações. Neste caso, ela merecerá os aplausos mesmo dos céticos.

Link: www.planetary.org/solarsail/

Colonizaria Marte?

Morar em Marte é um ideal da humanidade há décadas, apesar de o lugar ser um inferno. Imagine: o frio à noite chega a menos 75 graus Celsius. O ar, composto de gás carbónico, é tão rarefeito que, se alguém andasse por lá em manga de camisa, sem traje espacial, sofreria uma descompressão tão brutal que estouraria. Apesar disso, é muito provável que venhamos mesmo a morar lá, e mais cedo do que imaginávamos.
Há duas razões para essa confiança. A primeira é que as viagens espaciais não devem ficar muito mais tempo somente por conta de órgãos governamentais, como a NASA. Diversas empresas também querem participar do jogo, financiando a exploração dos planetas e satélites do sistema solar. De imediato, o prémio que elas esperam é a possibilidade de explorar o turismo extraterrestre, levando cidadãos a hotéis flutuantes que serão construídos em torno da Terra, ou mesmo na Lua e em Marte.
Estima-se que a indústria espacial já mobilize perto de 150 bilhões de dólares. Esse número está crescendo muito rapidamente e deverá duplicar nos próximos cinco anos. A construção de naves para um voo tripulado a Marte é o alvo prioritário da grana nova que vem por aí.
O segundo motivo para acreditar que vamos habitar Marte é científico e ficou mais forte com o anúncio, este ano, de que ainda existe água correndo no subsolo, não muito abaixo da superfície do planeta. "Com isso será mais fácil transformar Marte num mundo mais agradável, por meio de um processo chamado de terra formação", disse à SUPER o astrónomo Christopher McKay, da NASA. A ideia é levar para o planeta vizinho fábricas de gases que uma vez emitidos se acumulem na atmosfera, aquecendo-a. Entre esses produtos estão o CFC, usado nas geladeiras, e o metano, gerado pelas plantações de arroz. Há ainda o gás carbónico, mas ele não precisa ser fabricado porque constitui 95% do ar marciano.
McKay estima que em apenas 100 anos esse trio gasoso daria a Marte o conforto de uns 15 graus Celsius, em média. O calor, em seguida, derreteria a água que existe nos pólos e no subsolo, em forma de gelo. A descoberta de que também há água líquida, não muito profunda, só aumenta as chances de encher o planeta de lagos e pequenos oceanos. Como diversas plantas se sentem em casa nesse ambiente, Marte trocaria parte de sua típica cor de ferrugem por vários tons de verde.
Só não é possível dar ao vizinho dois traços do cenário terrestre. Um é a gravidade: os futuros visitantes do planeta terão que se acostumar com um peso 40% menor do que o que têm aqui. Isso pode até ser divertido, pois, com essa leveza, dar saltos de 2 metros de altura já não será privilégio de atletas olímpicos. Eles, aliás, deverão saltar o equivalente à altura de suas casas. O outro aspecto, o da falta de oxigénio, é mais chato. Mesmo daqui a um século todo mundo terá que levar máscara e tambor de oxigénio se quiser dar um passeio nas ruas. As casas terão que ser estanques, sem vazamentos, e com boas reservas do gás vital. "Teremos de esperar 1 000 anos até que as plantas absorvam gás carbónico e exalem oxigénio na quantidade suficiente", afirma McKay. Estudioso do assunto há dez anos e confiante na terra formação, McKay diz que ela depende apenas de um primeiro passo. "Só precisamos da decisão de colonizar Marte."

Esta foto é a vencedora dos prémios Pulitzer de 1994, foi tirada em 1994 durante a Fome no Sudão. A fotografia mostra-nos uma criança desnutrida e magra, arrastando-se para o campo de comida" das Nações Unidas, localizado a um kilómetro de distância. O Abutre está a espera que a criança morra para que posa comê-la. Esta imagem chocou o mundo inteiro - ninguem sabe o que aconteceu à criança, nem mesmo o fotógrafo Kevin Carter que abandonou o local logo após ter tirado a foto. Três meses depois, o fotógrafo suicidou-se no seguimento de uma depressão.

quarta-feira, setembro 22, 2004

Ensinamentos de Buda

Buda estabeleceu oito princípios ou Regras de Vida que devem ser observadas pelos seus seguidores... e por todos:

"A Verdadeira Crença: é a crença de que a Verdade é o guia do Homem;

A Verdadeira Resolução: ser sempre calmo e nunca fazer dano a nenhuma criatura viva;

A Verdadeira Palavra: nunca mentir, nunca difamar ninguém e nunca usar linguagem grosseira ou áspera;

O Verdadeiro Comportamento: nunca roubar, nunca matar, e nunca fazer nada de que uma pessoa possa mais tarde arrepender-se ou envergonhar-se;

A Verdadeira Ocupação: nunca escolher uma ocupação que seja má, tal como falsificação, manejo de coisas roubadas e coisas semelhantes;

O Verdadeiro Esforço: procurar sempre o que é bom e afastar-se do que é mau;

A Verdadeira Contemplação: ser sempre calmo e não permitir-se pensamentos que sejam dominados pela alegria ou pela tristeza;

A Verdadeira Concentração: consegue-se quando todas as outras regras forem seguidas e uma pessoa tenha atingido o nível da paz perfeita".

Entrevista com Dalai Lama

Novembro 2001

Que balanço faz desta primeira visita a Portugal?
Tinha três objectivos. A promoção dos direitos humanos, a promoção da harmonia religiosa e, em terceiro lugar, é minha responsabilidade e dever, como tibetano, falar do Tibete. Fiquei muito satisfeito com os encontros com o público. Na terça-feira de manhã estive em Fátima. Já visitei vários lugares sagrados de diferentes religiões, sempre como peregrino. Estive em Jerusalém duas vezes e em Lourdes, em França. Agora fui a Fátima. A imagem de Maria é tão bonita, é comovente. Não reparei logo. Estava já a afastar-me quando olhei para trás. Subitamente algo extraordinário me chamou a atenção. Foi assim. [Solta uma risada].

Está desapontado por não ter podido discutir a questão tibetana com o governo português?
Não. Portugal é membro da União Europeia. Como um todo, a UE apoia a causa tibetana. A minha visita a Portugal não é oficial, mas cultural e espiritual.

Neste momento o mundo não é um sítio particularmente pacífico. Como é possível tornar o mundo melhor?
[Ri-se]. Quando falamos de violência ou de paz temos que ter uma perspectiva global. É muito claro que há um anseio forte e um desejo sério de paz na mente das pessoas, sobretudo dos jovens. No século XX, nas I e II Guerras Mundiais, os cidadãos juntaram-se massivamente aos esforços de guerra com um grande entusiasmo. Este estado de espírito, claramente, já não existe no mundo. Mesmo num país comunista, como a China, não existe esse estado de espírito. Esta é uma grande mudança. A não-violência está a crescer por todo o lado. É claro que é muito triste haver guerra no Afeganistão. Mas a forma como estão a ser conduzidas as acções militares é única. Por um lado estão a utilizar-se bombas, mas por outro existe uma extrema precaução para não causar baixas civis. Nas outras guerras, na I, na II, no Vietname, na Coreia, não foi assim. A atitude mudou. Isso é positivo.

Não seria melhor não bombardear sequer o Afeganistão?
Logo a seguir aos ataques terroristas de 11 de Setembro, escrevi uma carta ao presidente Bush, onde expressava a minha solidariedade e tristeza, mencionando que é absolutamente justo e correcto pôr termo ao terrorismo, mas de forma não-violenta. As coisas não correram assim, infelizmente. No período inicial da guerra, eu estava em Estrasburgo e aí expressei a ideia de que os métodos violentos são sempre imprevisíveis. Uma vez iniciada a violência, as coisas podem facilmente ficar fora de controlo. Hoje, a situação no Afeganistão parece-me algo positiva, sobretudo depois de ter visto muitos afegãos saudar a derrota dos talibãs. Portanto, há alguma justificação, mas, ainda assim, a violência é triste, causa sofrimento.

O que pode o mundo fazer pela causa tibetana?
A solidariedade para com o Tibete está a aumentar em todo o mundo. A longo prazo, a preocupação da comunidade internacional e o impacto da opinião pública exterior ao Tibete produzirão, possivelmente, resultado. Mas no imediato, a China mostrar-se-á mais agressiva. [Ri-se].

Acredita que haverá possibilidade de diálogo com a China?
Ainda recentemente as autoridades chinesas lamentaram que tivesse utilizado a palavra "ocupado", referindo-se ao Tibete.Estou completamente empenhado, não na independência, mas numa autonomia genuína. Na nossa perspectiva, o Tibete é uma nação separada da China. Por isso, uso a palavra ocupação. Os nossos amigos também. A América e a União Europeia, todos consideram que o Tibete é uma terra ocupada.

Afirmou que viveria para ver o Tibete livre. Como pensa que isso vai acontecer?
A compaixão e a não-violência bastarão?A China é uma grande nação em processo de mudança. O comunismo já não é a ideologia do Estado, que está muito mais orientado para a economia de mercado, mas o sistema totalitário mantém-se sem a ideologia comunista. É uma situação peculiar. Mas a China, mais cedo ou mais tarde, terá que acompanhar a tendência global dos direitos humanos, da democracia, da liberdade de informação. A pergunta é: quando? Cinco, 10, 20 anos? Ninguém pode dizê-lo. Supondo que são 20 anos. Terei 86 anos. Ainda é possível ver o Tibete livre [ri-se]. Dentro da própria China há hoje chineses budistas e intelectuais críticos da política do seu governo, e têm-nos transmitido a sua solidariedade. O Tibete e a China terão que encontrar-se a meio caminho e a comunidade internacional pode ajudar nesse processo.

Dalai Lama em Portugal

Novembro 2001

Um simples peregrino em viagem espiritual - "um eu neste corpo tibetano", como se designou a si próprio a certa altura, com uma risada bem disposta. Foi assim que o Dalai-Lama se apresentou ontem a uma Aula Magna cheia, a deitar por fora (literalmente), e maravilhada, para a conferência pública "A mente e a ciência", organizada pelo Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, no derradeiro dia da sua visita a Portugal. Antes de entrar no tema, e afinal para o introduzir, o líder tibetano aludiu aos actos terroristas de 11 de Setembro, para mostrar como "o conhecimento, a inteligência e a tecnologia, associados a emoções negativas, podem ter consequências tão trágicas". Expressando-se em inglês, o Dalai-Lama estabeleceu a diferença entre o que a ciência sabe sobre coisas tão longínquas como o espaço, o universo ou os planetas, e o que não sabe, afinal, sobre algo que nos é tão próximo: o cérebro. E a mente. "Será que a mente é uma entidade separada do cérebro?", questionou-se.

Acabaria por responder durante a conferência com a própria explicação budista sobre a mente. "Não há outra forma de o fazer para um budista", disse, explicando que passaria a falar tibetano a partir daí. Assim fez.

Fazendo um sobrevôo sobre a forma como a sabedoria budista considera a consciência e os seus diferentes níveis - algo que está intimamente ligado às emoções e ao equilíbrio entre as emoções positivas e negativas - o líder espiritual tibetano considerou que as emoções são justamente uma forma de aceder à mente. Como? Investigando as origens dos sentimentos negativos e cultivando a bondade e a compaixão. "Um coração bondoso não se compra no supermercado", disse, arrancando uma gargalhada à audiência.

Na sabedoria budista, a natureza da mente, que nenhum obstáculo pode obstruir e que é portanto contínua como o espaço, é "experiencial, luminosa e não física". Ou seja, existe num determinado nível ligada ao corpo e ao cérebro, mas existe também para além deles. Na sua língua materna e com uma seriedade particular, explicou que "o nível de consciência mais subtil acontece logo após a morte", rematando que "há quem se refira ao budismo como uma ciência da mente".

No fim, falando de novo em inglês, e voltando à sua maneira particular de pontuar as frases com pequenas gargalhadas, teve ainda tempo para aconselhar: "Se encontraram algo de útil no que ouviram, façam uso disso. Se não, vão para casa, fiquem mais quentinhos e esqueçam o que eu disse". A julgar pelo ambiente no final, o encontro com o Dalai-Lama não será facilmente esquecido pelos milhares de pessoas que estiveram na Aula Magna para o ver e ouvir.

Dalai Lama

Líder espiritual tibetano (1935). Sua Santidade o 14.º Dalai Lama Tenzin Gyatso nasce em uma família de agricultores na aldeia de Takster, no leste do Tibet, com o nome de Lhamo Thondup. Aos 2 anos é reconhecido por monges como a reencarnação do Dalai Lama, autoridade máxima do Budismo Tibetano. Os dalai lamas são tidos como reencarnações do príncipe Chenrezig, o Avalokitesvara, o portador do lótus branco, que representa a compaixão. Tenzin Gyatso é considerado a 14.ª reencarnação do príncipe. Aos 4 anos é separado da família, muda-se para o Palácio de Potala, em Lhasa, e é empossado como líder espiritual do Tibet. Passa, então, a se chamar Jampel Ngawang Lobsang Yeshe Tenzin Gyatso. Após uma rigorosa preparação, que inclui o estudo do budismo, de história e filosofia, assume o poder político em 1950, ano em que o Tibet é ocupado pela China. Em 1959, depois do fracasso de uma rebelião nacionalista contra o governo chinês, exila-se na Índia.
Na época, Sua Santidade foi seguido por 80.000 tibetanos. Hoje, há mais de 120.000 no exílio. Desde 1960, o Dalai Lama reside em Dharamsala, Índia, conhecida como "Pequena Lhasa", a sede do Governo Tibetano no exílio. Ganha o Prêmio Nobel da Paz de 1989, em reconhecimento pela sua campanha pacifista para acabar com a dominação chinesa no Tibet.

Em 1989, o Prêmio Nobel da Paz
A decisão do Comitê Norueguês de outorgar o Prêmio Nobel da Paz de 1989 a Sua Santidade, teve apoio e aplausos de todo o mundo, com exceção da China. A citação do Comitê afirma o seguinte: "O Comitê enfatiza que o Dalai Lama é merecedor desse prêmio por sua campanha pacifista pela autonomia do Tibet. Ele sempre diz que a solução pacífica baseada na tolerância e respeito mútuo é a única forma de preservar a história e a herança cultural de seu povo."
No dia 10 de dezembro de 1989, Sua Santidade aceita o prêmio em nome dos oprimidos e também daqueles que lutam por um mundo de Paz para o povo tibetano. Ele disse na ocasião: "O prêmio reafirma nossa convicção de que com a verdade, coragem e determinação como nossas armas, o Tibet será libertado. Nossa luta deve ser sem violência e livre de ódio."

Um simples monge budista
Sua Santidade costuma dizer, "Eu sou um simples monge budista, não mais, não menos."
Sua Santidade vive como um verdadeiro monge budista. Mora numa casa de campo em Dharamsala, Índia; acorda às 4 da manhã para meditar, em seguida põe em dia a sua agenda, dá audiências privadas e inicia os estudos religiosos e práticas cerimoniais. Ele termina o dia com muita oração. Falando de sua grande fonte de inspiração, freqüentemente cita um verso favorito, retirado dos ensinamentos seculares do sagrado Shantideva Budista:
Enquanto existir o espaçoEnquanto persistirem os seres sencientesQue eu também vivaPara dissipar as desgraças do mundo.

Budismo tibetano
O budismo tibetano surge no fim do século VIII, da fusão das tradições budista e hinduísta com o xamanismo. Seu chefe espiritual, o dalai lama, é considerado um bodhisattva (em sânscrito, o ser destinado à iluminação, o Buda da Compaixão).